O descuido pelo conhecimento do passado não significa maior enfoque no futuro. Pode significar, antes, desinteresse pela vida.
É que a vida não é unidireccional; é tri-única.
Ela não acontecerá só amanhã. Começou a acontecer ontem. Ou seja, acontece em cada hoje: no hoje de ontem, no hoje de hoje e no hoje de amanhã.
Razão assiste, pois, a Marguerite Yourcenar: «Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana».
Tanto devemos ao passado. Que é conhecer senão aprender com quem (já) viveu?