Paul Léautaud sentenciou: «Ser inteligente é ser desconfiado, mesmo em relação a si próprio».
Não diria tanto.
Ser inteligente não será necessariamente ser desconfiado. Mas é, sem dúvida, ser prudente.
Ninguém pense que se conhece totalmente a si mesmo. Essa é uma aquisição que só se obtém no fim. O oráculo de Delfos faz-nos esse apelo: «Conhece-te a ti mesmo».
Nietzsche advertiu que «o homem é o ser mais distante de si mesmo».
No fundo, conhecer-se é ir-se conhecendo. O que significa que, ao conhecermo-nos mais, é porque, anteriormente, não nos conhecíamos bem!