Charles Péguy alerta-nos de um modo (só aparentemente) provocador: «Homero é novo, esta manhã, e talvez nada seja tão velho como o jornal de hoje».
É, de facto, uma sensação especial e, às vezes, um pouco estranha.
O que nos parece antigo tem uma vitalidade que espanta. E o que parece mais actual tem um desgaste que impressiona.
Eu, que sempre apreciei os jornais, sou tocado por este desencanto. Tudo parece comatoso, quase tumular, nas páginas da imprensa. E preciso dos clássicos para reabastecer o espírito depauperado!