O português é um paradoxo apaixonante com oito séculos de história.
Somos muito retraídos na decisão. Mas somos bastante determinados na aventura e soltos na exposição: da vida dos outros e da nossa vida.
Miguel Torga apercebeu-se: «É espantosa a tendência do português para a promiscuidade! Chega a umas termas, senta-se, volta-se para o vizinho da direita e, sem dizer água-vai, conta-lhe a vida»!