Há coisas que estão mais do lado da procura do que da posse. A sabedoria, por exemplo.
Quanto mais se procura, mais se encontra. Quanto mais se encontra, mais se continua a procurar. Georg Lichtenberg foi, ao mesmo tempo, pertinente e cáustico quando escreveu: «O sábio procura a sabedoria, o tolo encontrou-a».
Não diria que quem encontra a sabedoria é tolo. Mas diria que sábio é todo aquele que não repousa em qualquer encontro.
Agostinho de Tagaste recomendou no já distante século V: «Procuremos como quem há-de encontrar. E encontremos como quem há-de voltar a procurar. Pois é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente começa»!