À medida que o tempo passa, aumentam as certezas e não diminuem as dúvidas.
No fundo, ficam em causa muitas seguranças que nos seguraram. Nem cépticos seremos totalmente.
Já Fernando Pessoa notara: «A única certeza é que não há certeza. Diria mais: nem essa certeza temos. Mais do que com Sócrates estou com Francisco Sanches. Não digo "Só sei que nada sei", mas "Nem sei se não sei". O defeito dos cépticos é sê-lo incompletamente. É preciso duvidar do próprio cepticismo, estranhar a própria dúvida».
No meio desta turbulência o que sobra é a confiança. É sempre uma aposta. Envolve sempre um risco. Mas não se vive sem apostar. Nem se sobrevive sem alguma dose de risco.
Podemos perder arriscando. Mas perdemos, irreparavelmente, se não arriscarmos!