A liberdade é, sem dúvida, o dom maior. Mas é também o risco supremo.
Vale a pena, contudo, correr esse risco. Até a liberdade de censurar pode entrar nos pressupostos da liberdade de agir.
Pelo menos, foi o que defendeu Pierre de Beaumarchais: «Sem a liberdade de censurar não há elogio lisonjeiro».
É por isso que a liberdade tem de ser, permanentemente, condimentada com doses infindas de respeito.
Nunca podemos perder de vista que o tu tem o mesmo acesso à liberdade que o eu.
Mas temos de estar preparados para tudo. Pode, de facto, haver quem invoque a liberdade até para tolher a liberdade!