A educação é o problema. A educação (ou a reeducação) terá de ser o fermento da solução.
Javier Urra fala da sua experiência com crianças e jovens: «Dou-lhes, sobretudo, regras apertadas. Levantam-se às 7 e 30, tomam duche e pequeno-almoço, estudam quatro horas. A maioria já nem ia à escola, os pais não conseguiam obrigá-los. Este tipo de comportamento começa cedo, com coisas menores. Por exemplo, são miúdos que se despem e largam a roupa no chão. Habituaram-se a ter alguém para apanhá-la. E há, claro, muita terapia de grupo e individual. Muitos pais querem comprar o afecto dos filhos e não instituem regras, ignorando o preço que pagarão mais tarde. Quando se diz a uma criança de dois anos para arrumar um brinquedo, ela tem mesmo de arrumá-lo. É aí que tudo começa. Mas se as famílias têm menos tempo, a verdade é que se preocupam mais do que se ocupam. Estão sempre a correr para o pediatra, porque fez isto ou não fez aquilo. Há que descontrair. Viver com os filhos e não para os filhos. E desfrutar: eles crescem muito depressa».