Em tempos de pensamento débil, é difícil questionarmos os lugares-comuns.
Acabamos por ingeri-los sofregamente, sem uma ponta de interrogação, sem uma nesga de crítica. «Quem não deve, não teme», assim reza um dos adágios mais conhecidos e mais venerados.
Em princípio, está certo. Mas, no meio e no fim, é muito discutível.
Com efeito, quem está de consciência tranquila não tem que temer a verdade. Mas talvez tenha de temer a mentira e seus «satélites» como a calúnia, a insinuação, o rumor.
No entanto, antes a declaração de culpado sendo inocente do que a reputação de inocente sendo culpado!