Na convivência, o importante é mostrar. Mais difícil é demonstrar.
O argumento pode ser irrefutável. A realidade pode ser claríssima. Mas a experiência diz que só se convence quem está aberto, receptivo, disponível.
Alçada Baptista alertou para um dado elementar. Se eu fosse objecto seria objectivo; como sou sujeito serei sempre subjectivo.
Já, muito tempo antes, o Padre António Vieira notara: «O entendimento acha o que há; a vontade acha o que quer».
Umas vezes, o entendimento ilumina a vontade. Outras vezes, a vontade condiciona o entendimento.
É por isso que a mesma realidade tem muitas leituras.