O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 05 de Junho de 2012
Sou crente. Mas não me sinto anti-ateu.

Aliás, penso que nenhum crente pode ser anti-ateu e que nenhum ateu pode ser anti-crente.

São duas posições com resultados simetricamente opostos, mas com percursos umbilicalmente ligados.

Um ateu nem sequer é um descrente. Um ateu também acaba por crer. Crê que Deus não existe.

Para um crente, o ateu não consegue provar que Deus não existe.

Para um ateu, o crente não consegue provar que Deus existe.

O crente testemunha que Deus existe. O ateu garante que Deus não existe.

Cada um, a seu modo, contribui para a actualidade da questão de Deus.

O crente faz sentir a Sua presença. O ateu faz notar a Sua ausência. O ateu entende que falta evidência à presença.

O crente responderá que da ausência de evidência não decorre a evidência da ausência.

O mais curioso é que muitos ateus acham que Deus está ausente em muitos que se dizem crentes. E, se calhar, acabará por estar presente em muitos que O dizem ausente.

Muito tenho aprendido com os irmãos ateus. Nunca deixo de encontrar Deus neles. Nunca deixo de os (re)encontrar em Deus.

O Deus em que acredito está presente em todo o Homem. Mesmo naquele que se diz ausente de Deus.

É bem verdade que Deus, quanto mais Se esconde, mais Se revela!
publicado por Theosfera às 13:40

De António a 5 de Junho de 2012 às 13:52
Há ateus muito truculentos e outros que são pessoas afáveis, exactamente como acontece na diversidade dos crentes. Seja, como for, em relação às pessoas ateias, eu retiro sempre uma enorme vantagem. Sobre a religião e chocantes discrepâncias da Bíblia, designadamente de alguns deploráveis livros do Antigo Testamento,elas dizem alto o que muitos de nós, crentes, soletram baixinho. Sou cristão, acredito na Ressurreição de Cristo mas não que Maria de Nazaré alguma vez tenha estado na Cova da Iria. Sou cristão, acredito que Jesus Cristo produziu milagres, mas que há passagens dos Evangelhos que me suscitam a maior perplexidade, como o episódio do endemoninhado geraseno, sobretudo quando Cristo teria supostamente enviado uma legião de demónios para uma uma enorme quantidade de porcos e determinado que os mesmos iriam despenhar-se por um desfiladeiro. Sou cristão, mas reconheço que Jesus Cristo se enganou relativamente ao momento da Parusia, pois asseverava que a Segunda Vinda de Cristo ocorreria ainda em vida dos seus apóstolos. Tudo isso me causa perplexidade e faz com que não possa acreditar na totalidade da teologia cristã, católica e não católica. Mas a essência da Mensagem de Nazaré, toda ela, é a mais bela forma de Ética que já conheci.

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