Ao longo dos séculos, houve muitas tentativas de reconduzir o Cristianismo a Cristo, à sua originalidade.
Isso foi feito através da acção e através da contemplação. Trata-se de movimentos que tinham uma organização mínima.
Só que o poder eclesiástico acabou sempre por intervir. Para aprovar, exercia a sua influência, acentuando o aspecto organizativo e, desse modo, desfigurando a vontade reformadora.
A este propósito, Ignacio Larrañaga imagina um diálogo entre S. Francisisco de Assis e o cardeal Hugolino, que tentava convencê-lo a dar uma organização mais firme à Ordem Fransciscana.
Diz Francisco: «Essa é a linguagem dos quartéis. Poder! Conquista! A realidade é esta: ninguém quer ser pequeno nem nos tronos nem na Igreja. Todos somos, por instinto, inimigos da cruz e do presépio, a começar pelos homens da Igreja».
Mas se pensarmos bem, daremos conta de que não foi o poder que cativou as pessoas para a Cristo. Foi o testemunho que muitos deram (e dão) d'Ele, de Jesus.
Na humildade. Na simplicidade. No despojamento!