O primeiro concílio ecuménico não consagrou apenas o pensamento ortodoxo. Também sufragou o paradoxo.
Ou seja, o ortodoxo é paradoxal.
Em Niceia, foi afirmado que Jesus não era apenas Deus. Foi sustentado que Jesus não era apenas Homem. Foi defendido que Jesus não era metade Deus e metade Homem. Foi proclamado que Jesus era totalmente Deus «e» totalmente Homem.
Querem maior paradoxo? Mas nem sempre isso tem sido compreendido e integrado.
O diferente não é, necessariamente, negação. E o próprio contrário pode não constituir oposição.
Trazer o mesmo para novos lugares não é desfigurar o perene. É dar voz ao eterno.
Recear o questionamento é que será bloquear a incessante transumância da verdade.
Ela não estaciona num tempo. Ela peregrina em todo o tempo!

