Neste último dia do ano, faço minhas as palavras de um cristão do século II. Como ele, estou na minha casa, mas sinto-me forasteiro. Habito na minha pátria, mas vejo-me estrangeiro.
Gostaria de dizer que está tudo em ordem na minha casa. Mas não seria honesto se dissesse o contrário da verdade.
Não é só na casa dos outros que as coisas não estão bem.
Gostaria de ver sol. Mas só consigo ver nuvens.
Sei que o sol há-de voltar a brilhar.