Há cem anos, o comandante do «Titanic» não abandonou o navio no naufrágio.
Há uma semana, o comandante do «Costa Concordia» terá deixado a embarcação. Foi preciso alguém de fora insistir, aos gritos, para que regressasse.
Os tempos são diferentes. A sensibilidade não é igual.
Não julguemos ninguém. Mas Saramago poder-nos-á ajudar: «Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos; sem responsabilidade talvez não mereçamos existir»!