Fico com a sensação de que estes dias funcionam um pouco à guisa de uma «depressão pós-Natal».
É a viagem do regresso, são as prendas desembrulhadas e é uma espécie de vazio na alma. A este soma-se o temor do futuro.
Parece que fazemos as coisas porque tem de ser. Porque parece mal não parecer bom. Vivemos de estereótipos.
Bento Domingues alerta: «É a partir dos excluídos que temos de começar a construir o Natal. O modelo capitalista esgotou-se».
Jesus Cristo «manifestou-Se sempre ao lado dos marginais e dos excluídos».
É urgente desfatalizar a história. Não podemos resignar.
As coisas não têm de ser sempre assim. Demos presentes e não esqueçamos o melhor presente: a solidariedade, o sorriso, o amor. Hoje. Amanhã. E sempre.