A forma terá sido desastrada. Mas o conteúdo do inflamado discurso de Pedro Nuno Santos encerra alguma dose de pertinência.
Não se trata, obviamente, de «marimbar» e e de «lançar uma bomba atómica» sobre os nossos credores.
As dívidas têm de ser pagas. É um preceito da dignidade mais elementar.
Mas os pobres têm de ser atendidos. É um imperativo da justiça mais básica.
Quando os juros da dívida são maiores que o aumento das pensões dos pobres, está tudo invertido.
Antes de estar nas mãos dos ricos, o dinheiro tem de estar na boca dos pobres. Sob a forma de pão!