Quantos mundos tem este mundo?
Ao ver as imagens que chegam da Coreia do Norte, somos invadidos por uma onda de surpresa.
Há uma dignidade estóica naquele povo que chora, de modo convulso, a morte de alguém. Só que se trata de alguém que deixou aquele povo na fome e no obscurantismo. Há muita coisa que não tem explicação, sobre aos nossos olhos de ocidentais.
A morte de Vaclav Havel (este, sim, um paladino da liberdade) não parece suscitar o mesmo efeito emocional.
Como explicar esta discrepância? Será que o ser humano é mais reconhecido para com quem é cruel?