O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 09 de Fevereiro de 2016

 

  1. O ateu não é totalmente descrente. O ateu também acaba por crer. Crê que Deus não existe.

Para um crente, o ateu não consegue provar que Deus não existe. Para um ateu, o crente não consegue provar que Deus existe.

 

  1. O crente testemunha que Deus existe. O ateu pretende garantir que Deus não existe.

E cada um, a seu modo, vai contribuindo para a actualidade da questão de Deus.

 

  1. O crente faz sentir a Sua presença. O ateu faz notar a Sua ausência.

O ateu entende que falta evidência à presença. O crente responderá que da ausência de evidência não decorre a evidência da ausência.

 

  1. No livro «Religião para ateus», Alain de Botton, apresenta a fé aos que, como ele, consideram não ter fé.

Nas religiões valoriza, desde logo, as respostas simples para problemas complicados.

 

  1. As religiões «dizem-nos que podemos apertar a mão a um estranho».

Isto parece demasiado trivial, mas porventura é o gesto mais transcendente que se pode praticar.

 

  1. Outro aspecto tem que ver com a ideia de comunidade.

Quando vamos a uma cidade, podemos ter um guia que nos fala de lugares novos. Mas dificilmente entabulamos diálogo com desconhecidos.

 

  1. Já «as comunidades religiosas têm anfitriões, alguém que apresenta desconhecidos e torna possível a comunidade».

No mundo hodierno, abundam edifícios para comprar tudo, mas faltam lugares «para fazer qualquer coisa dentro de nós próprios, na nossa alma».

 

  1. Daí a pergunta: «Se não vamos à igreja, quem está a ensinar-nos a viver?».

Quem ocupa o lugar do padre? «Onde está o padre moderno? Para onde foi a confissão? As igrejas reúnem as pessoas. O que é que reúne as pessoas hoje?»

 

  1. «Nos seus melhores momentos, a Cristandade era um movimento sério que era ao mesmo tempo popular e de elite. Conseguia unir as pessoas e podia ir de um teatro de rua até ao monge a traduzir um texto»!

Sobrevém então o lamento: «Nós não sabemos criar comunidades fora da Igreja»!

 

  1. E como é que um ateu imagina Deus? «Como alguém que está presente, que olha por ti, que conhece a tua mente melhor do que tu mesmo. Porque Deus é amor e por isso nunca estamos sozinho».

Um crente diria melhor?

publicado por Theosfera às 08:30

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