É importante que o país seja bom para quem vem. Mas é fundamental que o mesmo país não seja mau para quem está.
É meritório facilitar a presença de quem nos visita. Mas, já agora, é decisivo que não se complique (mais) o dia-a-dia de quem aqui vive.
O turismo deve ser uma fonte de receita, não de (mais) problemas.
Faz bem atrair os outros, mas é prioritário que não afugentemos os nossos.
Temos de saber conviver com quem chega. Mas não podemos esquecer a nossa identidade.
Daí a necessidade de apelar ao respeito pelos espaços, pelas actividades e pelas pessoas.
Visitar não é sobrepor-se.
Não alteremos a nossa realidade. Até para que os outros vejam o que é nosso e não alterações de última hora.
E não nos habituemos a depender (só) do turismo. É que os fluxos por ele gerados são, por natureza, voláteis.
Tão depressa vêm como vão. E quem pode garantir que voltem a vir?