A ressurreição é o centro da fé cristã, mas não costuma estar muito presente na arte cristã.
É relativamente recente a tendência para representar Cristo ressuscitado.
Os cristãos habituaram-se, desde o princípio, a testemunhar a ressurreição com o Crucificado na mão. E faz todo o sentido.
Por um lado, a ressurreição não é representável, não é figurável. A ressurreição está para lá de toda a figuração.
A figuração é uma materialização do que está para lá da materialidade. O Ressuscitado tem corpo, mas é um corpo espiritual.
Daí que ninguém O reconheça à primeira. O Ressuscitado é o mesmo que o Crucificado, mas tem uma configuração diferente.
Por outro lado, o que ressuscita é o mesmo que morre; o que volta à vida é o mesmo que dá a vida. Se não morresse, não ressuscitaria.
Daí que o Crucificado nos acompanhe sempre. Inclusivamente quando anunciamos a Sua ressurreição!