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Terça-feira, 18 de Julho de 2017

A igualdade tem de ser assegurada. Mas a diferença também merece ser defendida.

Todos participamos de uma igual humanidade. Mas cada um dá-lhe uma fisionomia diferente.

 

  1. Todos somos iguais a todos. E, ao mesmo tempo, ninguém é igual a ninguém.

Foi o que notou Carlos Drummond de Andrade, que acrescentou: «Todo o ser humano é um estranho ímpar».

 

  1. Sim, estranho porque, enquanto o igual é conhecido, o diferente surpreende-nos como inesperado.

Daí a dificuldade em aceitar as diferenças. Mesmo quando se tornam conhecidas, é difícil que sejam devidamente reconhecidas.

 

  1. E, no entanto, a igualdade não contende com a diferença.

No fundo, aquilo em que somos mais iguais é no facto de todos sermos diferentes. Sendo diferentes na igualdade, acabamos por ser iguais na incorporação de diferenças.

 

  1. Acontece que ainda não percebemos que só promovemos a igualdade favorecendo as diferenças.

Para Augusto Cury, não há dúvida de que «o sonho da igualdade só cresce no respeito pelas diferenças».

 

  1. O problema é que, à força de tanto insistirmos na igualdade, quase degolamos as diferenças.

As diferenças estão a ser sufocadas. E a igualdade tende a ser cada vez mais imposta.

 

  1. Como estamos todos mais perto — embora nem sempre nos sintamos mais próximos —, facilmente clonamos formas de comunicar e maneiras de agir.

Na «cultura-standard» em que nos encontramos, propendemos a reproduzir o mesmo padrão de pensamento e de conduta.

 

  1. Uma vez que o padrão da nossa convivência está secularizado, não espanta que as nossas atitudes sejam cada vez mais secularizadas.

A pouco e pouco, deixámos de trazer a serenidade das igrejas para o mundo. Pelo contrário, começámos a levar a agitação do mundo para as igrejas.

 

  1. Até as igrejas se vão convertendo em lugares mais de passagem do que de paragem.

Quando se pára, a posição dominante é a posição sentada, não de joelhos. E o ambiente que prevalece é o ruído, não o silêncio.

 

  1. Será que já nos desabituamos de parar, de ajoelhar e de calar? É pena que não compreendamos como é importante parar, como é belo ajoelhar (para quem pode) e como é decisivo saber calar.

Afinal, nós, que tanto nos queixamos de ser tudo tão igual, que estamos dispostos a fazer para que alguma coisa possa ser diferente?

publicado por Theosfera às 10:37

No geral, temo-nos em grande conta. Mas depois, no concreto, resvalamos com espantosa facilidade.

Já o Padre António Vieira questionava: «Se nos vendemos tão baratos, porque é que nos avaliamos tão caros?»

Sejamos mais modestos na avaliação que fazemos sobre nós.

E estejamos mais atentos para que sejamos mais coerentes e fiéis!

publicado por Theosfera às 09:33

Hoje, 18 de Julho, é dia do Bem-Aventurado D. Frei Bartolomeu dos Mártires e de S. Frederico.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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