O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 31 de Maio de 2017

Hoje, 31 de Maio, é dia da Visitação de Nossa Senhora a Sta. Isabel, Nossa Senhora do Coração de Jesus, Nossa Senhora da Boa Nova e Sta. Petronila.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 30 de Maio de 2017

Hoje, 30 de Maio, é dia de Sta. Joana d'Arc, S. Fernando e Sta. Baptista Varani.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 29 de Maio de 2017

Hoje, 29 de Maio, é dia de S. Maximino, Sta. Úrsula de Ledochowska e S. José Gérard.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:28

Domingo, 28 de Maio de 2017

Era para ser uma despedida,

mas tornou-se a continuação de um encontro.

 

A Tua Ascensão, Senhor,

não é um adeus,

é uma presença eterna,

um encontro constante.

 

Tu não deixaste o Pai quando vieste nós.

Não nos deixas a nós quando voltas para o Pai.

 

Tu és sempre a presença de Deus junto dos homens

e a presença dos homens junto de Deus.

 

Tu não queres que fiquemos a olhar para o Céu.

O que Tu queres, Senhor, é que,

na Terra,

comecemos a construir o Céu.

 

«O Céu existe mesmo»!

O Céu existe já na Terra

quando fazemos o bem,

quando dizemos a verdade,

quando trabalhamos pela justiça,

quando espalhamos a paz.

 

«O Céu existe mesmo»!

O Céu és Tu, Senhor,

O Céu é a Tua e nossa Mãe.

E o Céu podemos ser nós,

se nos respeitarmos como pessoas

e se nos unirmos e amarmos como irmãos.

 

«O Céu existe mesmo»!

E tudo pode ser diferente

e tudo pode ser melhor.

Se agirmos em Teu nome,

um novo começo será sempre possível.

 

«O Céu existe mesmo»!

As trevas não hão-de vencer.

O mal não há-de triunfar.

O egoísmo não há-de persistir.

 

«O Céu existe mesmo!»

As crianças hão-de cantar.

Os velhinhos hão-de sorrir.

E as mãos serão dadas.

 

«O Céu existe mesmo!»

Nós temos a certeza

e não deixaremos de ter a esperança.

As nuvens podem cair.

Mas o sol há-de sempre brilhar.

O sol que é fonte de luz.

O sol que ilumina sempre.

O sol que és Tu,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:02

A. Não uma despedida, mas uma presença nova

  1. Faltam-nos as palavras para descrever o mistério que celebramos hoje. Acompanhamos Jesus no último momento da Sua peregrinação pela terra. Só que, a bem dizer, Jesus não Se ausenta. Acompanhamos Jesus no Seu regresso ao Pai. Só que, em boa verdade, Jesus nunca tinha deixado o Pai: Ele e o Pai foram — são — sempre um só (cf. Jo 10, 30).

A Ascensão não assinala uma despedida, mas inaugura um tempo novo e uma vida renovada. Jesus não deixou o Pai quando veio até ao mundo e, agora, não deixa o mundo quando volta até ao Pai. Jesus trouxe-nos o Pai, Jesus (e)leva-nos para o Pai. É também a nossa humanidade redimida, salva e transfigurada que vai com Ele. Nós (já) estamos com Ele na eternidade; Ele (ainda) está connosco no tempo. Enfim, o Céu continua na Terra e a Terra como que já está no Céu. Em Jesus Cristo, a eternidade e o tempo entrelaçam-se: não subsistem um sem o outro. No tempo que vivemos na Terra, já somos verdadeiramente «cidadãos do Céu»(Fil 3, 20), habitantes da «Casa do Senhor»(Sal 122, 1).

 

  1. A Ascensão de Jesus é o alicerce e a certeza da ascensão da humanidade. O destino de Jesus será o destino da humanidade quando os caminhos da humanidade forem os caminhos de Jesus. Jesus desceu até à humanidade para que a humanidade possa subir com Jesus. Verdadeiramente e como terá notado S. Francisco Xavier, «para Deus, sobe-se descendo». A Ascensão ilumina e aprofunda o significado da Ressurreição, à qual aliás está intimamente ligada: aquele que sobe às alturas do Céu é o mesmo que desceu às profundidades da Terra.

Eis a lição desta solenidade e, mais vastamente, de toda a vida de Jesus Cristo. Só se sobe quando se desce. Só se ganha quando se perde. Só se recebe quando se dá. A máxima exaltação veio após a suprema humilhação. Deus exaltou maximamente aquele que Se humilhou completamente (cf. Fil 2, 6-11).

 

B. Nós (já) com Ele na eternidade; Ele (ainda) connosco no tempo

 

3. Em Jesus Cristo, Deus vem até nós de uma forma totalmente humanizada. Em Jesus Cristo, nós vamos até Deus de uma forma totalmente divinizada. Não se trata de uma conquista nossa, mas de um puro dom de Deus. Trata-se não de endeusamento, mas de divinização («theosis»). Entramos no Céu pela porta de Cristo, pela porta que é Cristo (cf. Jo 10, 7). Como diziam os antigos, «Cristo sobe, levando conSigo os homens cativos da morte. Ele, o primeiro, Deus incarnado, entra no Céu». E, ao entrar, faz-nos entrar com Ele.

É por isso que a Ascensão, enquanto celebração do triunfo de Cristo, é também celebração do triunfo da humanidade unida a Cristo. Ele, que fez Seu o nosso sofrimento, permite que façamos nossa a Sua glória.

 

  1. Entretanto, Jesus continua presente no mundo, acompanhando os Seus discípulos em missão. S. Marcos diz-nos que o Senhor consolida a palavra dos Seus enviados (cf. Mc 16, 20). E S. Mateus refere a Sua promessa de que Ele estará sempre connosco, até ao fim dos tempos (cf. Mt 28, 20).

É, aliás, sobre a missão dos discípulos que incide o encontro de Jesus narrado pelo Livro dos Actos dos Apóstolos. Nele, Jesus pede aos discípulos que não se afastem até que venha o Prometido do Pai (cf. Act 1, 4). O Prometido do Pai é o Espírito Santo (cf. Act 1, 5). É o Espírito Santo que vai dar aos discípulos uma força suave — e uma suavidade forte — para que sejam testemunhas de Cristo «até aos confins da Terra»(Act 1, 8).

 

C. Este é o momento de caminhar na Terra, não de «olhar para o Céu»

 

5. Segundo o referido Livro dos Actos dos Apóstolos, foi após estas palavras que Jesus Se elevou (cf. Act 1, 9). Os discípulos deixaram de ver aquele que tinham visto e que, segundo os «dois homens vestidos de branco»(Act 1, 10), voltarão a ver quando voltar (cf. Act 1, 11). A partir de agora, podemos ver — e fazer ver — Jesus através do testemunho, através do testemunho da missão. Este ainda não é, pois, o momento de «olhar para o Céu» (cf. Act 1, 11). Este é o momento de «pisar a Terra». Este é o momento de trilhar todos os «caminhos da Terra». Este, em suma, é o tempo da Igreja, a nova corporeidade de Jesus (cf 1Cor 12).

Que resta, então, do rasto de Jesus? O que resta do rasto de Jesus chama-se precisamente Igreja. É na Igreja que Jesus dilata o Seu Corpo. É na Igreja que Jesus estende a Sua presença. É à Igreja que Jesus confia o Seu Evangelho: não apenas o Evangelho escrito, mas sobretudo o Evangelho inscrito; não apenas o Evangelho que encontramos no livro, mas acima de tudo o Evangelho que reencontramos na vida. O Evangelho é um permanente começo: é um começo a que nenhum tropeço consegue pôr fim.

 

  1. A Igreja, de todos fazemos parte, não é, por conseguinte, uma mera continuação da «causa de Jesus». A Igreja, de que todos fazemos parte, é uma nova presença do próprio Jesus. Eis, portanto, a boa — e bela — notícia que transportamos connosco: a presença de Jesus no mundo, a presença de Jesus em cada pessoa que há no mundo.

Não é por acaso que a Igreja assinala, neste Domingo da Ascensão, o Dia Mundial das Comunicações Sociais. A comunicação social, desde os meios mais clássicos até aos mais novíssimos recursos, faz-se portadora de notícias. Acontece que as notícias mais difundidas nem sempre são boas. E nem sempre as notícias boas são as mais difundidas. Como se isto não bastasse, há uma espécie de contágio. Parece que as notícias negativas atraem factos negativos. Quanto mais se fala de uma tragédia, tanto mais essa tragédia parece multiplicar-se.

 

D. A Igreja existe para comunicar

 

7. É claro que não podemos ignorar o que acontece. Mas também não desistamos do que pode vir a acontecer.

A comunicação social não pode limitar-se a ser um eco da realidade. Ela tem de procurar ser um agente de transformação da realidade.

 

 

  1. Nesta interacção inevitável, salta à vista que a comunicação social, para o bem e para o mal, foi alterando o perfil e o funcionamento da família. Será que a família não poderá alterar o perfil e o funcionamento da comunicação social?

Muitas vezes, confunde-se o combate ao preconceito com a ausência de critérios. Temos de reconhecer que nem sempre a comunicação social é amiga da família. Nem sempre os valores que ela veicula correspondem ao que se espera que sejam os valores da família. Talvez sem querer, a comunicação social arrisca-se, frequentemente, a contribuir mais para a destruição dos laços familiares do que para a consolidação desses mesmos laços familiares.

 

E. Nem tudo é para mostrar, nem tudo é para consumir

 

9. É certo que não podemos exigir que a comunicação social faça o que deve ser feito pela família. Mas pode ajudar ou, pelo menos, pode não complicar mais. A vida das famílias já não é fácil. Era bom que, sem contender com um sadio pluralismo, todos déssemos as mãos para não a tornarmos mais difícil.

Precisamos, por isso, de uma ética: não só para a produção, mas também para a utilização da comunicação social. Nem tudo é para mostrar, nem tudo é para consumir. Não se trata de advogar a censura, sempre abominável, mas de defender um necessário sentido crítico.

 

  1. Não pode ser a comunicação social a definir e a comandar a vida das famílias. As famílias é que devem definir e comandar a sua relação com a comunicação social. É preciso perceber que, não raramente, para se acompanhar o que se passa nos extremos do mundo, deixamos de acompanhar como devíamos o que se passa ao nosso lado. Trata-se de uma espécie de «comunicação incomunicante», uma comunicação que não comunica com quem está na nossa casa, com quem faz parte da nossa família.

O que celebramos na Ascensão é um poderoso estímulo para a missão, também na comunicação social. Procuremos converter as dificuldades em oportunidades. Não nos limitemos a pôr de lado os meios de comunicação social. Procuremos fazer tudo para que eles possam ser também meios de evangelização. Afinal, há tanto Evangelho para espalhar na vida. E há tanto Deus para semear no coração das pessoas!

publicado por Theosfera às 05:46

Sábado, 27 de Maio de 2017

Hoje, 27 de Maio, é dia de Sto. Agostinho de Cantuária, Evangelizador dos Ingleses, e S. Júlio, Padroeiro dos que recolhem o lixo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 26 de Maio de 2017

Hoje, 26 de Maio, é dia de S. Filipe de Néri e Sta. Maria Ana de Paredes.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 25 de Maio de 2017

Hoje, 25 de Maio, é dia de Sta. Madalena Sofia Perat, Sta. Vicenta María López de Vicuña, S. Gregório VII, S. Beda Venerável e Sta. Maria Madalena de Pazzi.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 24 de Maio de 2017

Hoje, 24 de Maio, é dia de Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora da Estrada, S. Rogaciano, S. Donaciano, S. Guilherme de Fenol e S. Luís Zeferino Moreau.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 23 de Maio de 2017
  1. Francisco veio recordar-nos o importante e acordar-nos para o urgente.

É importante saber — e sentir — que «temos Mãe». E é cada vez mais urgente perceber o que importa fazer com o «manto de luz» que da Mãe nos vem.

 

  1. O pregão que, em Fátima, se ouviu há-de mobilizar-nos para todo um programa que, em Fátima, se (re)abriu.

Maria não veio «para que A víssemos». Veio para que, com Ela, possamos ver melhor Jesus.

 

  1. Agarremo-nos, então, a Maria e vivamos «da esperança que assenta em Jesus».

Que fazer, entretanto, com o «manto de luz» que, em Fátima, nos é estendido pela Mãe de Jesus?

 

  1. Em primeiro lugar, reaprendamos a «contemplar o verdadeiro rosto de Jesus».

Em segundo lugar, redescubramos «o rosto jovem e belo da Igreja […], pobre de meios e rica no amor».

 

  1. Em terceiro lugar, falemos com Deus «com a esperança de que os homens nos escutem».

Em quarto lugar, falemos com os homens «com a certeza de que Deus nos vale».

 

  1. Em quinto lugar, alimentemos o desejo de «estar junto de “Jesus Escondido", no Sacrário».

Em sexto lugar, nunca esqueçamos que «a vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida».

 

  1. Em sétimo lugar, lembremos a todos que Deus quer ser uma presença «constante nas suas vidas».

Em oitavo lugar, fiquemos ao lado «dos doentes e das pessoas com deficiência, dos presos e desempregados, dos pobres e abandonados».

 

  1. Em nono lugar, não fujamos da Cruz, tanto mais que, antes de nós passarmos por ela, já Jesus esteve nela. Ele «desceu à Cruz para nos encontrar, a nós».

Em décimo lugar, sejamos «sentinelas da madrugada», oferecendo uma «esperança para os outros». Só assim impediremos que a nossa esperança seja uma «esperança abortada».

 

  1. É que, enquanto o que ambicionamos para nós nunca está garantido, o que damos aos outros está sempre a ser realizado.

Não residirá aqui a vitória sobre a «indiferença que gela o coração e agrava a miopia do olhar»?

 

  1. O programa do Papa Francisco é um programa inteiramente cristocêntrico. Centrado em Cristo, ele tem igualmente o «carimbo maternal» de Maria, sempre atenta aos Seus filhos mais necessitados.

Não desbaratemos o ardor missionário que Francisco reacendeu em Fátima. No centenário!

publicado por Theosfera às 10:52

Hoje, 23 de Maio, é dia de S. João Baptista de Rossi, S. Desidério e Sta. Joana Antide Thouret.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 22 de Maio de 2017

Hoje, 22 de Maio, é dia de Sta. Rita de Cássia, Sta. Júlia, S. João Baptista Machado de Távora, Sta. Joaquina de Vedruna e Sta. Luísa Palazzolo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 05:44

Domingo, 21 de Maio de 2017

Obrigado, Senhor,

por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,

por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.

 

Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,

pela paz que és Tu,

pela paz que chega ao mundo inteiro.

 

A Páscoa está no tempo

para que esteja na vida,

na vida de cada um,

na vida de todos.

 

Como há dois mil anos,

Tu, Senhor, comes connosco.

Tu és o nosso pão,

o alimento da nossa vida.

 

Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,

a purificar a nossa existência,

a transformar o nosso caminhar.

 

Tu és, Senhor,

o sol que ilumina,

a chuva que fecunda,

o vento que sopra.

 

Tu és o Deus das novas oportunidades.

Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.

Por isso nos convidas ao arrependimento,

à mudança, à conversão.

 

Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.

Que nós nunca Te esqueçamos,

que nunca esqueçamos de Te anunciar,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:04

A. Não evocamos um ausente; testemunhamos sempre uma presença

  1. Nunca é demais insistir e é sempre fundamental recordar. Nós, os cristãos, não evocamos um ausente. Nós, os cristãos, somos continuamente chamados a testemunhar uma presença. Jesus não nos deixa órfãos (cf. Jo 14, 18). Jesus mantém-Se connosco. Jesus nunca cessa de estar connosco. De que modo? Pelo Seu Espírito, que é também o Espírito do Pai, o Espírito que Ele pede ao Pai para que no-Lo envie.

O Espírito, que é o amor que une eternamente o Pai e o Filho, é apresentado aqui como «Paráclito». Ou seja, é apresentado como «consolador», como nosso «defensor».

 

  1. É assim Jesus para connosco. A sua missão é consolação. É presença na nossa solidão. Ao ser o tempo do Espírito, o tempo da Igreja é o tempo da nova presença de Jesus Cristo ressuscitado. É assim que, no Seu Espírito, Jesus está vivo no meio de nós. Mais. É Ele que nos vivifica. É Ele que nos faz viver. É Ele que nos sacia e é Ele quem nos envia.

Foi certamente movido pelo Espírito que o diácono Filipe foi à Samaria anunciar Jesus. E, com esse anúncio, houve muita alegria na Samaria. E o Espírito que moveu Filipe também moveu Pedro e João para fazer descer o mesmo Espírito sobre os samaritanos (cf. Act 8, 14-17).

 

B. É o Espírito quem nos faz ver Jesus

 

3. É o Espírito que nos leva a estar sempre prontos a responder «sobre a razão da esperança que há em nós» (1Ped 3, 15). A razão da nossa esperança é precisamente Jesus e o Seu Espírito. É no Seu Espírito que Jesus volta para nós (cf. Jo 14, 18). Sem o Espírito Santo, não é possível ver Jesus.

«O mundo não Me verá — diz Jesus —, mas vós haveis de ver-Me» (Jo 14, 19). É o Espírito que nos permite ver Jesus. No fundo, é o Espírito que nos permite ver o invisível, dizer o indizível e conhecer o incognoscível. Sem o Espírito, só nos apercebemos dos limites; com o Espírito, somos surpreendidos pelas possibilidades. Sem o Espírito, achamos que possível é só o que acontece no tempo. Com o Espírito, verificamos que até o impossível se torna possível. Enfim, o Espírito é o grande combustível da fé. Afinal, qual é a nossa temperatura espiritual?

 

  1. Maria é alguém totalmente modelado pelo Espírito. Foi, aliás, pelo Espírito que Jesus Se fez Homem no Seu ventre. Foi o Espírito que trouxe Jesus até Maria e, por Maria, à humanidade. É por isso que, se Jesus é o Fundamento da Igreja, Maria é o Seu primeiro — e maior — modelo. Como Mãe e Discípula, é Maria quem melhor nos ensina a ser Igreja.

Maria ensina-nos a ser Igreja por fora e por dentro. Maria ensina-nos a ser Igreja não tanto em alta velocidade, mas sempre em alta-fidelidade. Maria é uma presença constante que nunca tem Deus distante. Só fiéis ao Espírito, como Maria, seremos uma Igreja da fidelidade e da persistência.

 

C. Não podemos ser só «cristãos de Maio»

 

5. O Espírito é o perene para estes nossos tempos apressados e velozes. É o Espírito que nos anima na fidelidade, na viagem que fazemos do tempo para a eternidade. É belo — e muito comovente — ver toda esta mobilização em torno de Maria. Maio parece ser uma procissão contínua e uma peregrinação constante. Mas não deixa de ser desolador notar como, até em Maio, muitos esquecem Jesus.

Não podemos ser só «cristãos de Maio». Às vezes, parece que não percebemos que temos de ser «cristãos de todos os dias» e não apenas «cristãos de Maio». Há quem teime em desligar Maria de Jesus e em separar a devoção a Maria da vivência da Eucaristia. Há quem pareça estacionar em Maria, não cuidando de se abrir a Jesus. Há quem dê sinais de olhar somente para a Mãe daquele Filho sem reparar no Filho daquela Mãe.

 

  1. O problema não está, obviamente, em Maria. Está em nós, quando desligamos o que Deus nunca separou: a Mãe e o Filho, Jesus e Maria. Será que já reparamos no estreitíssimo liame que «amarra» Maria a Jesus?

Não é, pois, Maria que nos afasta de Jesus. De resto, como poderia afastar-nos de Jesus quem está sempre a dar-nos Jesus? Quem procura Maria inevitavelmente encontra Jesus. Se alguém não encontra Jesus é porque, verdadeiramente, não procurou Maria.

 

D. Maria é a grande condutora na contemplação da obra redentora

 

7. Como é sabido, é vontade de Jesus que o homem não separe o que Deus uniu (cf. Mc 10, 10). E não é só cada família que Deus quer ver unida. É a inteira família humana que Deus quer ver reconstituída. Unir é a grande especialidade de Deus. Ele atrai os mais ausentes e até reaproxima os mais distantes. Maria esteve sempre unida a Jesus. Maria nunca Jesus abandonou. Foi a Jesus que Ela sempre Se dedicou.

É por isso que Maio não pode acabar em Maio. E, mesmo em Maio, é vital perceber que o maior louvor a Maria é a Eucaristia. Acertemos sempre a nossa romaria pela hora da Eucaristia. O Terço do Rosário é uma excelente ambientação para a celebração. E pode igualmente servir de fluxo entre o que se passa no templo e o que somos chamados a testemunhar no tempo.

 

  1. Quem o Terço recita a vida de Jesus medita. Maria é a grande condutora para a contemplação da obra redentora. Ela não quer adorada. Ela só quer ensinar-nos a adorar. A Sua maior alegria é que sigamos Jesus em cada dia (cf. Jo 2, 5). Só fazendo o que Jesus diz é que deixaremos Maria feliz.

Neste Domingo, ouvimos Jesus dizer que é imperioso aos Mandamentos obedecer (cf. Jo 14, 15). Quando aos Mandamentos se obedece, o amor a Cristo acontece: «Se alguém conserva os Meus Mandamentos e os pratica, esse é que Me tem amor» (Jo 14, 21). É, pois, pelo amor que estamos com o Senhor.

 

E. A «Hora de Maria» é a «Hora de Deus»

 

9. É o amor que nos faz aceder ao conhecimento. Nós conhecemos Jesus Cristo não por esforço nosso, mas por iniciativa de Deus: «Quem Me tem amor será amado por Meu Pai, e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele» (Jo 14, 21). Jesus manifesta-Se a quem (O) ama. E quem O ama não é quem Lhe declara amor, mas quem cumpre os Seus Mandamentos.

Os Mandamentos de Jesus são essencialmente três: o Mandamento Eucarístico («fazei isto em memória de Mim», 1Cor 11, 24), o Mandamento Missionário («ide por tudo o mundo e anunciai o Evangelho», Mc 16 15) e Mandamento do Amor («amai-vos uns aos outros como Eu vos amei», Jo 15, 12). No fundo, devemos amar não com o nosso amor, mas com o amor de Cristo. O que devemos é deixar que seja Cristo a amar os outros através de nós.

 

  1. Este mês de Maio obsequiou-nos, uma vez mais, com uma inundação de amor por parte de Deus. A «Hora de Fátima» é a «Hora de Maria» e a «Hora de Maria» é a «Hora de Deus», a hora do amor de Deus. Em Fátima, Maria inunda o nosso mundo com um amor profundo. É um amor exigente, o único que nos salva como gente. É um amor sem medida, aquele ao qual Maria nos convida. A Senhora da Mensagem acompanha-nos sempre, na nossa humana viagem.

Nós, que somos peregrinos de Fátima, deixemos que Fátima peregrine em nós. Não deixemos Fátima em Fátima. É fundamental trazer Fátima ao sair de Fátima. Há muita vida até Fátima, deixemos que haja Fátima na nossa vida. «Vestimo-nos» com a nossa vida para chegar a Fátima. «Revistamo-nos» de Fátima ao retomar a nossa vida. Fátima não pode ser apenas uma experiência diferente no meio de uma vida indiferente. Como bem notou São João Paulo II, Fátima é o Evangelho de sempre para os tempos de hoje. Fátima sabe a Evangelho. Como o Evangelho, Fátima é oração, penitência e conversão. É esta a «medicação» que há-de curar o nosso coração!

 

publicado por Theosfera às 06:00

Hoje, 21 de Maio (Sexto Domingo da Páscoa), é dia de Sto. Hospício, Sta. Catarina de Cardona, Sta. Gisela, S. Carlos José Eugénio de Mazovedo e S. Cristóvão de Magallanes.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 20 de Maio de 2017

Hoje, 20 de Maio, é dia de S. Bernardino de Sena e S. Teodoro de Pavia.

Um santo e abençoado dia pascal para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 19 de Maio de 2017

Hoje, 19 de Maio, é dia de S. Celestino V, S. Clemente Ósimo, Sto. Agostinho de Tarano e S. Crsipim de Viterbo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 18 de Maio de 2017

Hoje, 18 de Maio, é dia de S. João I, S. Venâncio, S. Guilherme de Toulouse, S. Téodoto, Sta. Tecusa e companheiros mártires, S. Leornardo Murialdo, S. Félix de Cantalício, Sta. Blandina Merten e Sta. Maria Josefa Sancho de Guerra.

Faz 97 anos que nasceu São João Paulo II.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 17 de Maio de 2017

Como notou Mário Benedetti, até «o esquecimento está cheio de memória». 

É  um facto. O esquecimento está cheio de memória...esquecida!

Os esquecimentos também dão muito que pensar.

Porque eles incidem, quase sempre, sobre o mesmo e sobre os mesmos.

Não nos resignemos ao esquecimento. E procuremos ser mais justos no uso da memória!

publicado por Theosfera às 10:10

Hoje, 17 de Maio, é dia de S. Pascoal Bailão, Sta. Restituta e Sta. Antónia Messina.

 

Refira-se que S. Pascoal recebeu o seu nome do facto de ter nascido em dia de Páscoa no ano de 1540.

 

Ele é considerado padroeiro das adorações e dos congressos eucarísticos dada a sua acendrada devoção à Eucaristia.

 

Um santo e abençoado dia pascal para todos!
publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 16 de Maio de 2017

Ser pacífico é muito mais que ser passivo.

A paz não é uma sensação; é uma presença.

Uma sensação é efémera, ao passo que há uma presença que é perene.

Não estamos em paz quando nos «sentimos» em paz. Estamos em paz quando acolhemos Jesus Cristo, que é a paz.

Enquanto as sensações vão e vêm, Cristo permanece.

Se queremos a paz, queiramos Cristo!

publicado por Theosfera às 10:24

 

  1. Este 13 de Maio (também) fica para a história. Ao Céu chegaram cânticos de glória.

Foi bela a festa no Santuário. Todo o povo vibrou com o centenário. Era grande o cansaço. Mas ninguém arredou pé daquele espaço.

 

  1. Dois novos santos nos foram dados para que os nossos passos sejam (ainda) mais abençoados. São Francisco e Santa Jacinta foram dois meninos que coloriram a nossa vida com tons divinos.

Da Mãe de Deus foram interlocutores. Agora, tornaram-se nossos protectores.

 

  1. Fátima fez descer o Céu à Terra, que muito sofria com a guerra.

Por isso, Fátima é altar de paz, daquela paz que só Jesus traz. Fátima é manto de luz, que nos ilumina com a presença de Jesus.

 

  1. Na alegria ou na aflição, para Fátima vamos em peregrinação.

A alma do nosso país é naquele lugar que se sente feliz. Mas não somos só nós. Todo o mundo em Fátima faz ouvir a sua voz.

 

  1. Deste dia bendito ressoa um triplo — e sentido — grito: «Temos Mãe! Temos Mãe! Temos Mãe!»

Foi o Santo Padre quem o disse. Houve alguém que não o ouvisse?

 

  1. «Temos Mãe!» Eis o que, aparentemente, todos sabemos. Mas eis o que, pelos vistos, também esquecemos.

«Temos Mãe!» Às vezes, parece que só temos Mãe para pedir. É verdade que «temos Mãe» para pedir. Mas também «temos Mãe» para nos conduzir.

 

  1. «Temos Mãe» à nossa beira, ao longo da vida inteira.

«Temos Mãe» que nos segura enquanto a nossa vida dura. E, quando o nosso fim chegar, «temos Mãe» para, na porta do Céu, nos esperar.

 

  1. «Temos Mãe» quando d’Ela nos lembramos. E «temos Mãe» quando do Seu Filho nos separamos.

Nós, que tanto amamos Maria, não Lhe neguemos esta alegria. Sigamos os passos de Jesus. É para Ele que Ela nos conduz. «Temos Mãe», a Mãe de Cristo. Haverá coisa mais bela do que isto?

 

  1. «Temos Mãe», nunca o esqueçamos. E que os passos de Seu Filho sempre sigamos. O que deixa esta Mãe feliz é que façamos o que Jesus diz.

Ouçamos, então, a nossa Mãe. Ela, que tudo guardava dentro de Si, continua connosco, hoje e aqui.

 

  1. «Temos Mãe», nunca A deixemos.

Com a nossa Mãe, muito mais felizes seremos!

publicado por Theosfera às 10:15

Hoje, 16 de Maio, é dia de S. João Nepomuceno (invocado para proteger as pontes, para fazer uma boa confissão e contra as injúrias e calúnias), Sto. André Bobola, S. Simão Stock, Sto. Alípio e Sta. Gema Galgani.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 15 de Maio de 2017
  1. Foi, sem dúvida, um dia inesquecível. A fé era muita e a emoção indizível. Este 13 de Maio fica para a história. Ao Céu chegaram cânticos de glória. Foi bela a festa no Santuário e o povo vibrou com o centenário. Era grande o cansaço. Mas ninguém arredou pé daquele espaço.

Dois novos santos nos foram dados para que os nossos passos sejam (ainda) mais abençoados. São Francisco e Santa Jacinta foram dois meninos que inundaram a nossa vida com «sons» divinos. Da Mãe de Deus foram interlocutores e, agora, tornaram-se nossos protectores. Transmitiram ao mundo as palavras de Maria, que veio ao seu encontro na Cova da Iria. Os seus apelos à conversão chegaram depressa ao nosso coração. Muito eles sofreram, mas nenhuma ameaça temeram.

 

  1. Fátima tornou-se um farol que ao nosso mundo faz chegar raios de sol. Fátima fez descer o Céu à Terra, que muito sofria com a guerra. Por isso, Fátima é altar de paz, daquela paz que só Jesus traz. Por isso, Fátima é altar de esperança, de uma esperança que nos enche de confiança. Por isso, Fátima é manto de luz, que nos ilumina com a presença de Jesus.

Na alegria ou na aflição, para Fátima vamos em peregrinação. A alma do nosso país é naquele lugar que se sente feliz. Todos sentimos algo especial naquele recanto de Portugal. Mas não somos só nós. Todo o mundo em Fátima faz ouvir a sua voz.

 

  1. Deste dia bendito chegou-nos um triplo — e sentido — grito: «Temos Mãe! Temos Mãe! Temos Mãe!» Foi o Santo Padre quem o disse. Houve alguém que não o ouvisse?

«Temos Mãe! Temos Mãe! Temos Mãe!» Eis o que, aparentemente, todos sabemos. Mas eis o que também, frequentemente, esquecemos. Sabemos que temos Mãe. Mas, às vezes, parece que só temos Mãe para pedir. É verdade que temos Mãe para pedir. Mas também temos Mãe para seguir. Também temos Mãe para imitar.

 

  1. «Temos Mãe! Temos Mãe! Temos Mãe». Temos Mãe na terra e no Céu. E temos a Mãe do Céu na terra. Temos a Mãe à nossa beira, ao longo da vida inteira. Temos Mãe que nos segura enquanto a nossa vida dura. E, quando ao fim a nossa vida chegar, temos Mãe para, na porta do Céu, nos esperar.

«Temos Mãe» quando d’Ela nos lembramos. E «temos Mãe» quando do Seu Filho nos separamos. «Temos Mãe» que nunca nos deixa e que nunca o Seu coração fecha. «Temos Mãe» em Fátima. «Temos Mãe» em Lamego. Em toda a parte, Ela é o nosso aconchego.

 

  1. «Temos Mãe» para nos ouvir. E também «temos Mãe» para nos conduzir. «Temos Mãe» a toda a hora, pela nossa vida fora. «Temos Mãe» que nos escuta e que é modelo para a nossa conduta. «Temos Mãe» que não nos esquece, mesmo quando mais ninguém aparece.

«Temos Mãe» com o Seu Filho. «Temos Mãe» com todo o brilho. «Temos Mãe», foi Jesus quem no-La deu. Pouco depois, Ele morreu. Sua Mãe nos ofereceu. A Mãe que estava junto à Cruz continua a atrair-nos para Jesus.

 

  1. Nós, que tanto gostamos de Maria, não Lhe neguemos esta alegria. Sigamos os passos de Jesus. É para Ele que Ela nos conduz. «Temos Mãe», a Mãe de Cristo. Haverá coisa mais bela do que isto?

«Temos Mãe» e não só em Maio. «Temos Mãe» para toda a vida. Demos-Lhe a veneração devida. O que mais Ela deseja é que sigamos Jesus na Santa Igreja. Continuemos em romaria, mas sempre à volta da Eucarística.

 

  1. «Temos Mãe». Contamos com a nossa Mãe querida. Que Ela possa contar connosco, toda a vida. O dia 13 não há-de passar porque a Mãe connosco vai continuar.

Mãe sempre teremos. Que como Seus filhos nos comportemos. Que tudo possa mudar. Que um novo começo possa chegar. «Temos Mãe», nunca o esqueçamos. E que os passos de Seu Filho sempre sigamos. O que deixa esta Mãe feliz é que façamos o que Jesus nos diz.

 

  1. «Temos Mãe» para a missão. «Temos Mãe» na solidão. «Temos Mãe» para chorar. «Temos Mãe» para nos afagar.

Ouçamos, então, a nossa Mãe. Ela, que tudo guardava dentro de Si, continua connosco, hoje e aqui. «Temos Mãe», nunca A deixemos. Com a nossa Mãe, muito mais felizes seremos!

publicado por Theosfera às 11:21

Hoje, 15 de Maio, é dia de S. Manços, Sta. Dionísia, S. Paulo e Sto. André (mártires), Sto. Isidro Lavrador e S. Gil de Vouzela.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 14 de Maio de 2017

Há 100 anos,

o Céu veio até à Terra,

o Céu veio até à nossa terra.

 

Veio através da Mãe,

veio por Maria,

veio a Portugal,

veio ao mundo inteiro.

 

Veio a Fátima,

veio a três crianças,

a três pastorinhos

e, por elas, convidou o mundo à mudança,

à conversão, à santidade, ao amor..

 

Em Fátima, Maria mostrou o coração de Deus,

um coração onde cabe a humanidade inteira,

um coração de paz, um coração que irradia luz.

 

Jesus tinha dito

que nunca nos deixaria órfãos, abandonados.

 

Ele enviou-nos do Pai o Defensor,

o Espírito da verdade,

o Espírito da esperança,

da justiça e do amor.

 

Obrigado, Maria,

Afinal, 13 de Maio também é dia da Mãe!

Qual é o dia que não é dia da Mãe?

 

Limpa, Maria, as nossas lágrimas.

Enxuga, Senhora, o nosso pranto.

 

Recebe as nossas preces

e dá-nos sempre o Teu Filho,

o Teu querido Filho,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:57

Achava Frank Sinatra que o sucesso é a melhor vingança.

Não iria muito por aí.

A vingança nunca é caminho e o sucesso acaba por ser sempre efémero.

Diria antes que a melhor resposta às intempéries é a coerência e a dignidade.

A melhor resposta a quem empurra para o chão é não cair. Ou levantar-se se a queda tiver acontecido.

A melhor resposta à tempestade é manter o rumo e a serenidade!

publicado por Theosfera às 07:51

A. Quando a missão acontece, o número de discípulos cresce

  1. Um belo quadro nos é — hoje — mostrado. O Livro dos Actos dos Apóstolos mostra-nos a grande vitalidade da Igreja nos seus começos. O «número dos discípulos ia aumentando» (Act 6, 1). Quando a missão acontece, o número dos discípulos cresce. E quando a missão é feita com paixão, há sempre uma resposta positiva à missão.

Ao mesmo tempo, é interessante notar a extrema agilidade da Igreja na forma de lidar com novas situações. Eis um poderoso sinal da acção do Espírito Santo e da fidelidade da Igreja a essa mesma acção. Como os cristãos se expandiam, os serviços também cresciam. O princípio era: para novas missões, novos missionários; para novos trabalhos, novos trabalhadores; para novos serviços, novos servidores.

 

  1. A agregação de sete colaboradores dos Apóstolos — conhecidos como «diáconos» — não nos permite conhecer somente o ministério dos diáconos; permite-nos reconhecer, desde logo, a profundidade do ministério dos Apóstolos.

Importa não perder de vista — como, aliás, recitamos no Credo — que a Igreja, além de una, santa e católica, é apostólica. Ela está alicerçada na missão dos Apóstolos. E foi precisamente para não se afastarem da sua missão que os Apóstolos resolveram escolher alguns colaboradores.

 

B. É a oração que gera a missão

 

3. Isto significa, antes de mais, que a missão não é exclusivo de ninguém, mas tarefa de todos. Ser cristão é igual a ser missionário. Foi o que, de resto, nos recordou o Concílio Vaticano II ao proclamar que «a Igreja é, por natureza, missionária».

Assim sendo, na Igreja não há activos de um lado e passivos do outro. Na Igreja, não há agentes de um lado e destinatários do outro. Na missão da Igreja, todos somos agentes e todos somos destinatários. Todos nós temos necessidade de ser evangelizados e todos nós temos o dever de evangelizar.

 

  1. Os Apóstolos chamaram outros porque não admitiam distanciar-se do seu ministério. E em que consistia o seu ministério? «Oração e serviço da Palavra». É o que nos chega através do versículo 4 deste capítulo 6 do Livro dos Actos dos Apóstolos. O ministério consiste, antes de mais e acima de tudo, na oração e no serviço do Palavra. Eis o que não pode jamais ser esquecido ou negligenciado. Sem oração, não há missão. Sem anúncio da Palavra, não se faz missão.

O próprio Livro dos Actos dos Apóstolos, a abrir o capítulo 13, atesta claramente que é a oração que gera a missão. É na oração que Deus suscita o envio. É na oração que Deus atrai alguns para que, através dos Seus enviados, possa atrair outros. A missão é atracção. É atracção a partir da oração. Por sua vez, esta atracção é para suscitar mais oração. Os que são atraídos por Deus são sempre por Deus acolhidos.

 

C. Novos serviços, novos servidores

 

5. Sem oração, a missão corre o risco de não passar de agitação. Sem oração, a missão não passa de aparência de missão. A missão não é para gerar impacto num determinado momento, mas para provocar efeito na totalidade da vida. A missão consiste numa contínua transformação. A missão visa sempre isto: centrar toda a nossa vida em Jesus Cristo.

É a partir deste centro que tudo faz sentido. É a partir de Cristo que conseguimos amar e servir os outros. É partir de Cristo que somos capazes de olhar para os mais distantes como próximos. É a partir de Cristo que estamos em condições de fazer de cada pessoa um irmão.

 

  1. O «serviço das mesas» (Act 6,2) era, sem dúvida, importante e, pelos vistos, tornou-se bastante urgente. Como os cristãos iam aumentando em número, também cresciam as necessidades de alguns dos novos membros. Certamente os Apóstolos começaram por atender, eles mesmos, a essas necessidades. Mas depressa notaram também que estavam a retirar tempo ao essencial da sua missão, isto é, à oração e ao anúncio da Palavra.

Foi neste contexto que convocaram uma espécie de «assembleia geral» dos cristãos para colocarem o problema e apresentarem a solução. A solução consistiu em propor à referida assembleia que, para o «serviço das mesas», escolhesse «sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria» (Act 6, 3). Era a esses «sete homens» que caberia coordenar o serviço da caridade, o apoio aos mais carenciados.

 

D. O ministério mergulhado do mistério

 

7. A proposta teve boa aceitação. E foi assim que, para a nova missão sócio-caritativa, foram escolhidos Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Tímon, Pármenas e Nicolau (cf. Act 6, 5). Do primeiro é dito que se tratava de um «homem cheio de fé e do Espírito Santo»; do último é referida a sua proveniência: Antioquia. Mas, curiosamente, estes sete homens não se dedicaram apenas ao «serviço das mesas». Até eles se destacaram também pela pregação da Palavra, como se pode conferir pelo caso de Santo Estêvão, que deu o sangue por causa do seu testemunho de Cristo (cf. Act 6, 8-7, 60).

Como acabámos de ouvir, «os Apóstolos oraram e impuseram as mãos sobre eles» (Act 6, 6). É, claramente, uma forma de ordenação. Pela oração e imposição das mãos, estes sete homens foram ordenados — isto é, receberam a ordem — para realizar a missão. É, pois, o mistério de Deus que gera o ministério entre os homens.

 

  1. É preciso mergulhar no mistério para bem realizar o ministério. O mistério não é o que se esconde (isso é o enigma); mistério é o que se revela. O mistério revelado na Igreja é o amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O mistério da Igreja é a Santíssima Trindade. É este mistério que suscita muitas formas de ministério. Foi assim no princípio e há-de ser assim até ao fim. Na Igreja, o mistério é a essência e o ministério é a consequência. O ministério nasce do mistério, vive do mistério e encaminha para o mistério.

Fora do mistério, não temos acção; teremos apenas activismo. E o activismo é espiritualmente paralisante. O ministério apostólico remete sempre para o mistério. Daí a necessidade que os Apóstolos sentiram de se entregarem totalmente — sublinhe-se o «totalmente» — à oração e ao serviço da Palavra (cf. Act 6, 4). É sobretudo na oração e no serviço da Palavra que resplandece o mistério onde assenta todo o ministério.

 

E. Servir é o caminho de Jesus; servir é o Caminho que é Jesus

 

9. Em homenagem ao número de colaboradores dos Apóstolos na Igreja de Jerusalém, houve um tempo em que os diáconos nas igrejas locais eram sempre sete. A designação «diáconos» impôs-se por causa da natureza da sua missão. Eram «diáconos» porque exerciam a «diaconia», ou seja, o serviço. No fundo, está aqui a natureza de todo o ministério: servir, estar ao serviço. É por isso que, ainda hoje, o diaconado é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. É uma forma de vincar, de forma expressiva e impressiva, que todo o ministério é serviço. E, nesta medida, a diaconia subsiste sempre, mesmo para lá do diaconado.

A importância dos diáconos era tal que, na Igreja de Roma, eles eram os principais cooperadores do Bispo, isto é, do Papa. E, como é sabido, muitas vezes, era o primeiro dos diáconos de Roma a ser eleito Papa. Havia, aqui, uma lógica interna muito forte. É natural que o «servo dos servos de Deus» fosse escolhido entre os que, mais de perto, colaboravam com o seu serviço.

 

  1. Está aqui o caminho de Jesus, está aqui o caminho que é Jesus. No Evangelho, Ele apresenta-Se como «o Caminho» (Jo 14, 6). Ora, o caminho de Jesus é servir, como Ele próprio alertou: «Eu estou no meio de vós como quem serve» (Lc 22, 27). A esta luz, o nosso caminho com Jesus não pode ser outro senão servir: «Como Eu fiz [adverte Jesus], fazei vós também» (Jo 13, 15). Se nós somos discípulos de Jesus e se o discípulo deve ser como o seu mestre (cf. Mt 10, 24), é pelo serviço que nos identificamos com o Servidor.

Como Jesus é a transparência do Pai — «quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9) —, cada um de nós é chamado a ser a transparência de Jesus. E é sempre pelo serviço — e pelo amor — que estaremos perto do Senhor!

 

publicado por Theosfera às 05:21

Hoje, 14 de Maio (Quinto Domingo da Páscoa), é dia de S. Matias (padroeiro dos carpinteiros, dos alfaiates, dos alcoólicos arrependidos e invocado para as dores de bexiga), S. Frei Gil de Santarém e S. Miguel de Garicoits.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 13 de Maio de 2017

Hoje, 13 de Maio, é dia de Nossa Senhora de Fátima e de Sto. André Hubert Fournet. Faz 100 anos que Nossa Senhora apareceu pela primeira vez aos pastorinhos.

Um santo e abençoado dia pascal para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 12 de Maio de 2017

Hoje, 12 de Maio, é dia da Bem-Aventurada Joana Princesa, S. Nereu, Sto. Aquileu, S. Pancrácio, Sto. Epifânio de Salamina e Sta. Lúcia Filippini.

Um santo e abençoado dia pascal ara todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 11 de Maio de 2017

O pensamento devia começar por acolher a realidade.

Mas, como notou Aliddu Krishnamurd, «o pensamento é tão astuto que distorce tudo para sua própria conveniência».

E, deste modo, em vez de mostrar o que acontece, mostra o que parece.

Sucede que do parecer ao ser pode ir uma grande distância.

Decididamente, a conveniência não é o melhor guião para a decência!

publicado por Theosfera às 09:59

Hoje, 11 de Maio, é dia de S. Mamerto, Sto. Hugo de Cluny, Sto. Odo, Sto. Odilo, S. Pedro, o Venerável, e Sto. Inácio Laconi.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 10 de Maio de 2017

Hoje, 10 de Maio, é dia de S. João de Ávila, Sto. Antonino de Florença e S. Damião de Veuster.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 09 de Maio de 2017

 

  1. Uma só é Maria. Mas são muitos os nomes que Lhe fazem companhia.

Todos os nomes Lhe ficam bem. Mas nenhum mostra tudo o que Ela é, tudo o que Ela tem.

 

  1. Em Fátima, Ela apresentou-Se como a Senhora do Rosário.

E os pastorinhos viram-Na também em forma de Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora do Carmo.

 

  1. Curiosamente, Fausto Guedes Teixeira entreviu uma outra figuração de Maria na Cova da Iria.

Para o renomado poeta lamecense, quem desceu a Fátima foi…Nossa Senhora dos Remédios.

 

  1. Eis o que ele versejou:

«Caminho d’oiro que nos leva ao Céu

Foi esse, a alma cheia d’esperanças,

Que a Virgem dos Remédios percorreu

P’ra Se mostrar em Fátima às crianças»!

 

  1. Não se fica por aqui, contudo, a afinidade entre Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora dos Remédios.

Fixemo-nos no rosto da imagem que está na Capelinha das Aparições e no rosto da imagem que, em Lamego, sai nas procissões.

 

  1. Não é preciso grande esforço para colher algumas semelhanças e para vislumbrar traços comuns.

Não admira. Elas têm uma única proveniência. Ambas foram esculpidas na Casa Fânzeres, de Braga.

 

  1. A imagem de Nossa Senhora dos Remédios é de 1904 e a de Nossa Senhora de Fátima é de 1920.

O autor não foi seguramente o mesmo. José Ferreira Thedim, que esculpiu a imagem de Nossa Senhora de Fátima, tinha apenas 12 anos em 1904.

 

  1. Nunca se soube ao certo quem esculturou a imagem de Nossa Senhora dos Remédios. Muitos anos depois, foi dito que teria sido um artista cujo sobrenome era Marçal.

É possível, porém, que a inspiração de ambas as obras tenha sido haurida nas mesmas correntes artísticas.

 

  1. Até a altura é praticamente igual: 1,30m no caso da Senhora dos Remédios e 1,37m no caso de Nossa Senhora de Fátima.

As duas imagens foram oferecidas: a de Nossa Senhora dos Remédios por Maximiano da Costa Cardoso (a residir no Porto) e a de Nossa Senhora de Fátima por Gilberto Fernandes dos Santos (de Torres Novas).

 

  1. Este enlace entre Fátima e os Remédios leva-nos a pensar nos grandes Remédios de Fátima: a conversão, a penitência e a oração.

É esta a «medicação» que há-de «curar» o nosso (humano) coração!

publicado por Theosfera às 10:44

Hoje, 09 de Maio, é dia de Sta. Catarina de Bolonha, Sta. Maria Domingas Mazarello, Sta. Maria Teresa de Jesus, S. Pacómio e S. Jorge Preca.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 08 de Maio de 2017

Hoje, 08 de Maio, é dia de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, S. Bonifácio IV, S. Bento II, Sta. Francisca Ulrica Nish, Sta. Maria Catarina de Sto. Agostinho, Sta. Madalena de Canossa, S. Jeremias de Valáquia e S. Luís de Rábata.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:28

Domingo, 07 de Maio de 2017

Como não agradecer-te, mãe,
se é tanto o que és,
o que ofereces
e o que semeias no meu ser?

Mas como agradecer-te, mãe,
se é tão pouco o que tenho
para dizer, para te bendizer?

O que o coração sente
os lábios não são capazes de balbuciar.
Trémulos, hesitam e gaguejam,
incapazes de soltar uma palavra
ou de articular um som.

Mas será que existe alguma palavra
que consiga dizer o que o coração sente?

Dizer «obrigado» é pouco,
mas dizer-te «obrigado» é tudo o que resta
quando tudo já tiver sido dito.

Obrigado, mãe,
pela vida que nunca recusaste dar-me.

Obrigado pelo amor
que nunca hesitaste oferecer-me.

Obrigado pelo sacrifício
a que nunca te furtaste.

Obrigado pela fé
com que sempre me inundaste.

Obrigado
por seres sempre berço a que volto
e fonte a que regresso.

Obrigado
pelo testemunho e pela fidelidade.

Obrigado
me teres dado a vida
e por seres vida para mim.

Obrigado
por não me eliminares quando habitei teu ventre.

Obrigado
por me amares desde o primeiro instante.

Obrigado
por nunca seres túmulo
e por sempre seres regaço.

Obrigado
por nunca pensares em ti
e por sempre pensares em mim.

Eu não mereço.
Eu não te mereço.
Mas agradeço.

Porque sei
que amar assim,
como tu amas,
é algo que só está ao alcance de ti, mãe!

Na pobreza dos gestos
e na fragilidade das palavras,
nada mais me ocorre
que este «obrigado».

Entrego-o no colo da Mãe das mães,
Maria-Mãe de Jesus.

Que Ela te abençoe
e proteja.

Que Ela te conforte
e compense por tudo quanto fazes,
por tudo quanto és,
mãe!

publicado por Theosfera às 10:58

A. Maio rima com Mãe

  1. Maio, Maria, Mulher, Mãe. Eis os quatro m’s deste novo mês. Não é possível pensar em Maio sem pensar em Maria, modelo de Mulher, modelo de Mãe. Mãe é fonte de vida e oceano infindo de amor. Nem todos podem ser mãe. Mas todos deveriam saber o que significa ter mãe. É por isso que a coisa mais triste é perder a mãe. Só que a mãe nunca se perde. Nem a morte perde a mãe. Aqui, no tempo, ou além, na eternidade, mãe nunca deixa de ser mãe!

Maio rima com Mãe. Para nós, dizer Mãe é, antes de mais, dizer Maria. Para nós, dizer Maria é, acima de tudo, dizer Mãe. Até Deus quis ter Mãe! Até Deus é Mãe! Como alguém terá dito, Deus é um Pai que nos ama com amor de Mãe. E Maria é o mais belo rosto desta «paternidade maternal» de Deus.

  1. Se até Deus quis ter uma Mãe, como é que nós não havemos de ser gratos para com a nossa Mãe? Será sempre pouco o que damos a quem nos dá tanto, a quem nos deu tudo. É por isso que a Mãe simboliza o amor puro, o amor em estado puro. É importante que haja amor no mundo. É desejável que façamos tudo para que só haja amor no mundo. Porém, nunca haverá amor como o de Mãe.

O amor de Mãe é o amor que nunca passa, mesmo quando tudo passa. É ao amor da Mãe que se regressa quando todas as promessas de amor cessam. O amor de Mãe é o amor da vida, é o amor para a vida. É, sem dúvida, um amor único, o amor de Mãe. Razão tem, pois, quem escreveu aquele epitáfio que se encontra, em forma de verso, no cemitério da minha terra natal: «Minha Mãe era uma santa/por quem sempre rezarei/porque amor igual ao dela/ nunca mais encontrarei»!

 

B. Nem a morte mata a Mãe

 

3. Não existe Dia do Filho já que, para a Mãe, todos os dias são dias para os filhos. Mas existe um Dia da Mãe até porque não faltará quem só neste dia se lembre que tem mãe. Não faltará quem só neste dia se lembre da sua mãe. Mesmo quando a memória vai faltando, uma mãe nunca esquece os seus filhos. Será que todos os filhos se lembram da sua mãe? Será que todos os filhos expressam a gratidão pela sua mãe? Uma mãe é capaz de cuidar de muitos filhos e, por vezes, muitos filhos não cuidam de uma mãe. Uma mãe pode não ter muitos lugares em casa, mas tem sempre imensos lugares no seu coração.

No Dia da Mãe — que é também Dia do Pai —, é importante que todos aprendamos a ser filhos. Daí que estes devam ser verdadeiros dias da família, em que se fortaleça a união na família, o amor na família e a gratidão em família.

  1. Por aqui se vê como este não é um dia para ser comprimido em 24 horas. O Dia da Mãe é um dia esticado, uma manhã dilatada, uma primavera interminavelmente estendida. Este é um dia em que o sol nunca se põe. Este é o dia que nunca anoitece. Mãe nunca adormece. Mesmo a dormir, ela dorme como mãe. Ela é a mais pura guardiã do amor, o santuário onde a vida nunca deixa de palpitar. Uma mãe antecipa-se sempre. Este dia só consegue «postecipar». Os gestos de gratidão deste dia são sempre um mínimo diante do máximo: diante do máximo de doação, do máximo de amor.

É muito grande o que há numa mãe. Mãe nunca deixa de ser mãe. Nem a morte mata a mãe. Mãe sobrevive sempre. Ninguém seria nada sem Mãe. Mãe é o que fica, mesmo quando tudo passa.

 

C. Aprendamos com as mães

 

5. Este, a bem dizer, não é o dia da mãe. É, possivelmente, o dia em que muitos se lembram que existe mãe. Dia da mãe tem de ser cada dia. Mãe que é mãe nunca se cansa de ser mãe e nunca descansa como mãe. Mãe que é mãe está sempre em funções, está sempre em funções de mãe. Mãe que é mãe pensa sempre como mãe, sente sempre como mãe, age sempre como mãe, sofre sempre como mãe, chora sempre como mãe e morre sempre como mãe.

Há muitas condecorações neste país e neste mundo, mas haverá herói maior que uma mãe? Haverá maior escola de vida que uma mãe? Uma mãe dá tudo sem cobrar nada. Mesmo quando não há reconhecimento, a Mãe não mostra ressentimento. É comovente sentir como a Mãe também tem lugar para a dor. Mas só o amor vem aos lábios. A dor fica alojada na alma. Quando muito, pode escorrer em algumas lágrimas furtivas. Mas Mãe que é mãe diz sempre o melhor de seus filhos. Não poderíamos aprender com as mães?

  1. Mãe é a mão que nos livra da queda. Mãe é o colo que nos ampara na fraqueza. Mãe é a luz que nos aponta o caminho e nos acompanha na estrada. Pode-se ter tudo, mas não há nada que se compare a uma mãe.

Mãe é o que fica mesmo quando tudo parece passar. Mãe nunca adormece. Mesmo a dormir, ela dorme como mãe. É por isso que Mãe nunca se reforma. Mãe nunca morre. Mãe é sempre Mãe. Mãe nunca deixa de ser mãe. Mãe sobrevive sempre.

 

D. Cada pastor tem muito de mãe, de maternal

 

7. Mãe é palavra. Mãe é sobretudo gesto, gesto que não cabe em qualquer palavra. É com a Mãe que aprendemos a falar. E pode ser com a Mãe que podemos aprender a perceber o que Deus nos quer dizer. Muita gente pode saber o que é o amor, mas só as mães sabem verdadeiramente o que é amar. É por isso que a Mãe é obra de Deus. A Mãe é como um eco de Deus no nosso mundo. Se queremos saber o que é amar, olhemos para a Mãe.

Eu diria — e peço que me compreendam — que Mãe não tem coração. Ou, melhor, Mãe não tem só um coração. Mãe tem muitos corações. O coração da Mãe está transplantado no coração dos filhos. Mãe que é mãe hipoteca tudo, a começar pelo seu coração. «Obrigado» é tão pouco para lhe agradecer tanto. Mas talvez seja tudo o que nos resta para lhe dizer. Não lho digamos, contudo, só com os lábios. Digamos «obrigado» à nossa Mãe com a nossa vida, com a nossa presença, com o nosso auxílio, com o nosso reconhecimento, com a nossa oração.

 

  1. Que melhor exegese do que a Mãe para compreender o que nos é dito no Evangelho deste Quarto Domingo da Páscoa, Dia do Bom Pastor e das Vocações? Ser pastor tem muito de mãe, de maternal. Ser pastor implica gerar e guiar as ovelhas. Em cada ano, neste Domingo, a Liturgia propõe à nossa consideração um pedacinho do capítulo 10 do Evangelho de S. João. Ele apresenta Cristo como o Pastor-modelo e, nessa medida, como modelo de todos os pastores. À semelhança do Pastor, os pastores não hão-de procurar o seu próprio bem, mas o bem do seu rebanho.

Não custa perceber, portanto, que este Domingo tenha sido escolhido para Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Toda a vida há-de ser acolhida como resposta a uma vocação. Mas, como é óbvio, pensamos especificamente nas vocações para a missão. Não só neste dia, mas sobretudo neste dia, pedimos ao Senhor que faça desabrochar pastores à imagem do Bom — e Belo — Pastor. A humanidade precisa de pastores que, como Jesus, dêem a vida; que, como Jesus, estendam a mão aos que estão fora e apoiem os que já estão dentro; que, como Jesus, conheçam cada uma das ovelhas, indo ao encontro dos seus problemas e das suas necessidades.

 

E. Faz sempre bem ler o «Evangelho segundo as mães»

 

9. Nenhum ser humano é alguma coisa sem Mãe. Nenhum discípulo é alguma coisa sem Mestre. Nenhum cristão é alguma coisa sem Cristo. A Mãe pode ser vista, portanto, como um Evangelho vivo.

Tal como a existência da Mãe se prolonga na existência do filho, também a vida de Cristo se prolonga na existência do cristão. E tal como a melhor herança que a Mãe pode deixar aos filhos é o seu exemplo, também o maior legado que Jesus nos deixa é o Seu testemunho.

  1. A relação do discípulo com Jesus é como a relação do filho com a mãe: não é episódica, mas estável, sólida, contínua. Permanece em Jesus quem acolhe no coração a Sua proposta de vida, entregando-se a Deus e aos irmãos até à doação completa de si mesmo. É assim, aliás, que as mães se comportam para com os filhos.

Não deixemos, então, de ler — e meditar — o «Evangelho segundo as mães». Vivamos o Evangelho olhando para as mães, a começar por Maria, modelo de todas as mães. Foi na Sua carne que Jesus Cristo Se fez carne. Que na nossa vida deixemos que Jesus Se faça vida. Hoje. Amanhã. E sempre!

publicado por Theosfera às 05:22

Hoje, 07 de Maio (Quarto Domingo da Páscoa), é dia de Sta. Flávia Domitila e Sta. Gisela.

É também Dia Mundial de Oração pelas Vocações, Domingo do Bom Pastor e Dia da Mãe.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 06 de Maio de 2017

Hoje, 06 de Maio, é dia de S. Pedro Aumaitre, S. Mariano, S. Domingos Sávio e Sta. Catarina Troiani.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Sexta-feira, 05 de Maio de 2017

Hoje, 05 de Maio, é dia de S. Máximo de Jerusalém, Sto. Ângelo, Sto. Hilário de Arles e S. Núncio Suplizio.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:36

Quinta-feira, 04 de Maio de 2017

Hoje, 04 de Maio, é dia de S. Gregório, o Iluminador, S. Jorge Haydock e seus Companheiros Mártires e S. João, Roberto e Sto. Agostinho (da Cartuxa).

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Quarta-feira, 03 de Maio de 2017

Vivemos num mundo de aparências.

Só que as aparências não são feitas pelo que nos aparece, mas, quase sempre, pelo que nos parece.

Aliás, Já Nicolau Maquiavel tinha dito: «Todos vêem o que pareces e poucos percebem o que és».

Nesta submissão da essência às aparências, há quem seja favorecido e há quem se veja seriamente prejudicado.

Há quem pareça melhor do que é. E há quem seja (muito) melhor do que parece.

É pena que a actualidade seja, muitas vezes, dominada pelas aparências.

Pensamos que sabemos o que acontece quando nos limitamos a ser informados acerca do que parece!

publicado por Theosfera às 11:14

Hoje, 03 de Maio, é dia de S. Filipe, S. Tiago Menor, S. Rupert Mayer, Sta. Maria Leónia Paradis e. S. Eduardo José Rosaz.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Terça-feira, 02 de Maio de 2017
  1. Há muitas vidas em Fátima e há Fátima em muitas vidas.

Mas não basta viver Fátima. É necessário que nos esforcemos por «fatimar» a nossa vida.

 

  1. Fátima é ponto de chegada para tantos roteiros de peregrinação.

E é imperioso que se torne ponto de partida para renovados caminhos de conversão.

 

  1. As pessoas acostumaram-se a levar a vida até Fátima.

É, porém, indispensável que se habituem igualmente a trazer Fátima até à sua vida.

 

  1. Fátima não se sobrepõe ao que já se conhece. Fátima é o eco para hoje do Evangelho de sempre.

No fundo, «fatimar» é evangelizar em tons de urgência.

 

  1. Como notou São João Paulo II, a Igreja, ao aceitar Fátima, reconheceu que a sua mensagem «contém uma verdade e umchamamentoque, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do próprio Evangelho».

Tal como o Evangelho nos traz o apelo de Jesus à mudança (cf. Mc 1, 15), também Fátima nos faz chegar o chamamento de Maria à conversão.

 

  1. É por isso que, embora não fazendo parte da Revelação pública, a mensagem de Fátima está em conformidade com ela.

O que Jesus legou para todos os tempos foi reproduzido por Maria para este nosso tempo.

 

  1. Logo em Maio de 1917, Maria propõe aos pastorinhos que se «ofereçam a Deus».

Deus é o centro da vida e o destino final da conversão. Converter é — essencialmente — verter a vida para Deus.

 

  1. É neste sentido que cada «mariofania» redunda sempre numa poderosa «teofania».

Em Fátima, Maria  assume-Se como «caminho que nos conduzirá até Deus».

 

  1. Ela recorre aos mais pequenos para abanar os que se consideram «sábios e inteligentes» (Mt 11, 25).

Os grandes mostram-se armados pelos poderes do mundo. Os humildes preferem sentir-se amados pela presença de Deus.

 

  1. É natural que nos «vistamos» com a nossa vida para chegar a Fátima. Mas é vital que nos «revistamos» de Fátima para retomar a nossa vida.

Fátima não pode ser apenas uma experiência diferente no meio de uma vida indiferente. Há que acolher a chama da transformação que Fátima vem acender nesta nossa (humana) peregrinação. A Fátima não é admissível ir só em passeio. Foi para nos converter que a Mãe à nossa terra veio!

publicado por Theosfera às 10:24

Hoje, 02 de Maio, é dia de Sto. Atanásio e S. José Maria Rúbio.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Segunda-feira, 01 de Maio de 2017

O respeito é a matriz da cultura.

Sem respeito, de que adianta o conhecimento ou a riqueza?

Máximo Gorky achava que «a nova cultura começa quando o trabalhador e o respeito são tratados com respeito».

É fundamental que todos nos respeitemos.

E é urgente que se extirpe, para sempre, o cancro da arrogância que empesta a convivência humana!

publicado por Theosfera às 09:29

Hoje, 01 de Maio (Dia do Trabalhador), é dia de S. José Operário, Sta. Comba do Alentejo, S. Jeremias e S. Ricardo Pampuri.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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