O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 30 de Junho de 2013

Atenção às tiranias imperceptíveis: a moda por exemplo.

Bernard Shaw percebeu: «A moda, afinal, não passa de uma epidemia induzida». Induzida e, por isso, muito perigosa!

publicado por Theosfera às 23:19

Entre direitos e deveres sabemos existir uma similitude, mas custa-nos assumir a paridade.

Por via de regra, apraz-nos exercer os direitos, mas penaliza-nos pôr em prática os deveres.

Como dizia Alexandre Dumas, «o dever é aquilo que exigimos dos outros».

Era importante que todos nos preocupássemos com os deveres nossos. Assim os direitos de todos estariam assegurados!

publicado por Theosfera às 23:13

Custa-me que se olhe para a velhice com desdém ou com mera comiseração.

Chateaubriand assinalou uma mutação: «Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso».

Dignidade é sempre. Pena que nem sempre seja vista como tal!

publicado por Theosfera às 23:04

Mandela é mais que político, mais que estadista.

Mandela é uma referência, um ícone, um farol, um símbolo.

Esteve no poder, mas, acima de tudo, teve sempre autoridade.

Mesmo na prisão, nunca deixou de ter a maior autoridade: a autoridade do exemplo!|

publicado por Theosfera às 22:53

Muitos acham que Nélson Mandela está a morrer lentamente.

Prefiro, porém, pensar que Mandela está a viver longamente.

A sua vida não é um episódio. O seu legado será eterno.

Com Jonh Carlin, também pressinto que Madiba «está 500 anos à frente dos políticos de hoje».

Homens como Mandela nunca deixarão de viver. Mesmo quando a morte os chamar!

publicado por Theosfera às 22:48

Tantas vezes, os meus passos por ali andaram. Mas só ontem os meus olhos alcançaram o que os passos tanto tinham trilhado.

A placa indicava «Caminho da Cruz».

Eis uma realidade. Eis um sinal, um poderoso sinal.

Que são os nossos caminhos senão caminhos de cruz?

Só pela Cruz se chega à ressurreição.

A Cruz é o aparente sem-sentido que nos coloca na rota da plenitude do sentido.

Caminho da Cruz é a nossa vida, é a nossa presença na vida!

publicado por Theosfera às 18:52

Tu, Senhor, és vida.

Tu, Senhor, és fonte de vida.

Tu, Senhor, és recomeço de vida.

 

Obrigado, Senhor, por nos tocares.

Por te aproximares de nós com tanto afecto,

com tanto amor.

 

Obrigado por Te fazeres um de nós

e por nos devolveres à vida

mesmo depois de todas as nossas quedas.

 

É tão admirável o Teu procedimento

que, mesmo quando nós não damos conta de Ti,

Tu já estás connosco,

Tu já estás em nós.

 

É tão maravilhosa a Tua presença.

É tão intensa a Tua paz.

É tão imenso o Teu amor.

 

Vivemos um tempo de desânimos e desalentos,

de tristezas muitas e angústias mil.

 

Mas Tu, Senhor, não desistes de nós,

mesmo quando algum de nós desiste de Ti.

 

Tu estás sempre a presentear-nos com as Tuas oportunidades.

Tu és vida antes da vida.

Tu és vida depois da vida.

Tu és sempre vida,

vida sem fim.

 

Obrigado, Senhor, por tanto.

Obrigado, Senhor, por tudo.

 

Cura-nos por dentro.

Transforma-nos a partir do fundo.

Dá-nos um novo coração,

um coração como o Teu,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:14

Jesus é o médico e o medicamento, a cura e o curador, o Evangelho e o Evangelizador, a Revelação e o Revelador, a Salvação e o Salvador.

Ele devolve a vida a quem sente perder a vida. Ele é a saúde para quem está doente. Ele é o sentido que paira sobre o sem-sentido em que andamos.

«Basta que tenhas fé», diz-nos.

Esta fé, entrelaçada com a esperança e emoldurada pelo amor, conseguirá mudar, mudar-nos!

publicado por Theosfera às 06:10

O zénite da maldade, visto pelo Padre António Vieira: «A maldade é comerem-se os homens uns aos outros, e os que a cometem são os maiores, que comem os pequenos»!

publicado por Theosfera às 06:07

Hoje, 30 de Junho, XIII Domingo do Tempo Comum, é dia dos Primeiros Mártires da Igreja de Roma, S. Raimundo Lulo, S. Januário Sarnelli e S. Marçal.

Este último, padroeiro dos bombeiros e invocado contra os incêndios, é apontado como sendo uma das crianças que Jesus afagou ou como podendo ser aquele rapaz que apresentou a Jesus os cinco pães e dos dois peixes para a multiplicação.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:02

Sábado, 29 de Junho de 2013

Hoje em dia, sentimo-nos no dever de publicitar praticamente tudo.

Toda a gente tem de saber o que estamos a fazer.

Tendemos, pois, a achar que o silêncio é uma barreira, um embaraço.

Mas o silêncio pode ser o patamar mais elevado da compreensão.

Quando chegamos à profundidade do outro, já nem precisamos de palavras. A nossa palavra já mora no outro.

Nessa altura, o silêncio é o sinal de que o outro já em habita em nós.

A palavra, aí, pode saber a distracção!

publicado por Theosfera às 12:00

Temos um sistema que instrui, informa, forma. Mas será que educa?

Antes da resposta, façamo-nos eco da pergunta.

Não pensemos apenas na carreira. Pensemos, antes de mais e acima de tudo, na vida.

O problema é que há quem queira trabalhar a sério e a fundo, mas acaba por aparecer sempre quem bloqueie.

Será que temos mesmo um sistema não-educativo como alvitra Rui Ramos?

O êxito não é tudo. A conduta é a base para tudo!

publicado por Theosfera às 11:48

Não estou totalmente seguro do acerto de Jean de La Bruyère: «Os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens e mais pequenos os homens pequenos».

Às vezes, nos lugares pequenos há pessoas que se mostram muito grandes. E nos lugares grandes, há pessoas que se mostram muito pequenos.

Eu diria que são as pessoas grandes que tornam grandes as coisas, grandes os lugares e enorme a vida!

publicado por Theosfera às 11:37

Da sabedoria cristã vem esta advertência: «A avareza é um perigo típico dos ricos».

Infelizmente, é um risco em que os ricos caem frequentemente.

Por isso é que são ricos. Ou, afinal, não serão mais pobres que os pobres?

Rico não é quem tem, é quem dá. É por isso que o pobre é o maior rico.

Porque dá, porque se dá!

publicado por Theosfera às 11:28

Jean Giono não teve contemplações quando escreveu: «A juventude é a paixão pelo inútil».

Penso que compreendo o que quis dizer, mas não concordo com o que disse.

É possível que o inútil referido não seja o inútil dos jovens, mas o inútil que os mais adultos apontam aos jovens.

E não será que os jovens também consideram inúteis as prioridades dos adultos?

Nada será inútil se tudo for aproveitado, investido, doado, amado!

publicado por Theosfera às 11:20

Quando Rabindranath Tagore quis elogiar Gandhi, não lhe destacou a inteligência, que aliás era muita. Preferiu, antes, realçar-lhe a alma. Que era imensa.

 

A expressão, aliás, viria a colar-se-lhe ao nome.

 

Mahatma quer dizer alma grande.

 

A alma de Gandhi primava pela transparência. Fazia pairar uma enorme luminosidade. Deixava adivinhar uma arrebatadora grandeza.

 

Uma alma grande jamais recorre à força. Porque força já possui.

 

Uma alma grande transborda de paz e tresanda a serenidade. Mesmo no meio da intempérie.

 

É fundamental que cada um redescubra a sua alma.

 

Não ficará desalentado com as surpresas.

publicado por Theosfera às 07:32

Hoje, 29 de Junho, é dia de S. Pedro e S. Paulo, S. Cásio, Sta. Emma e S. Siro.

S. Pedro é padroeiro dos serralheiros, dos sapateiros, dos ceifeiros e dos mareantes.

S. Paulo é padroeiro dos cordoeiros e é invocado contra o granizo e as mordeduras das serpentes.

É neste dia que o Papa costuma oferecer o pálio aos arcebispos recentemente nomeados. Tal pálio é confeccionado com pele de cordeiro. Os cordeiros costumam ser oferecidos na festa de Sta. Inês, 21 de Janeiro.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:11

Sexta-feira, 28 de Junho de 2013

Às vezes, a companhia das outras pessoas não parece ser muito compatível com a companhia dos nossos ideais, com a companhia dos nossos valores.

Nessa altura, uma tentação sobrevém. Para termos a companhia das pessoas, abdicamos da companhia dos valores, das convicções.

É triste, mas, como avisa Pedro Mexia, «ficamos sozinhos quando somos exigentes. Ficamos sozinhos quando não mentimos. Ficamos sozinhos quando defendemos as nossas convicções».

É claro que não devia ser necessário fazer esta escolha cruel: entre a popularidade sem convicções e convicções sem popularidade. Mas se tiver de ser, que seja.

Afinal, os maiores solidários acabaram por ser os grandes solitários. A vida é mesmo paradoxal!

publicado por Theosfera às 11:15

Pode não haver aplauso nem sequer concordância. Mas nunca pode deixar de haver respeito.

Este, o respeito, é devido ao patrão e ao operário. Aliás, Máximo Gorky dizia que «a nova cultura começa quando o trabalhador e o trabalho são tratados com respeito».

Elementar.

Só há cultura quando a pessoa e a sua acção são tratados com delicadeza e correcção.

Sem respeito não é possível a convivência!

publicado por Theosfera às 10:59

 

Cada ponto de vista acaba por ser sempre a vista de um ponto.

Algum filho é feio para seus pais?

Cervantes sinalizou: «Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios».

E não são feios de facto. Por serem filhos.

O amor embeleza tudo!

 

publicado por Theosfera às 10:53

A acção pode ser bloqueada.

A palavra pode ser impedida.

Mas, como já reconhecia Cícero, «o pensamento é livre».

Não há machado que o corte. Não há amarras que o prendam.

Porquê desaproveitar este dom?

Pense. E nunca deixe de repensar!

publicado por Theosfera às 10:50

Ninguém é descartável. Ninguém é insubstituível.

Qualquer um poderá fazer o que nós fazemos ou até melhor. Mas ninguém conseguirá ser o que nós somos.

A sabedoria judaica exorta: «Na totalidade imensa da criação, observa-se que, apesar da sua diversidade, todas as criaturas têm uma tarefa particular a cumprir».

As tarefas das pessoas mais simples podem ser mais decisivas que as funções das pessoas (que se consideram) mais importantes!

publicado por Theosfera às 10:45

Cuidado com certas palavras. «Nunca», por exemlo.

Philippe Destouches decretou que «os ausentes "nunca" têm razão». 

Nunca? Nem sempre a terão, de facto. Mas era bom atender às razões para estarem ausentes.

As razões dos ausentes também podem ser importantes e merecem ser escutadas.

O problema é que muitos presentes, à falta de melhor, zurzem nos ausentes.

Donde nunca podemos estar ausentes é da vida, da solidariedade, da partilha, da justiça, da bondade e da rectidão

publicado por Theosfera às 10:40

Na hora da vitória, não faltam reclamações de paternidade. No momento do fracasso, não escasseiam pretextos para ausências.

John Kennedy assinalou que «a vitória tem mil pais, mas a derrota é órfã». Parece que nunca tem causas nem responsáveis!

publicado por Theosfera às 06:07

Hoje é dia de Sto. Ireneu, teólogo eminente e mártir do Evangelho de Cristo.

 

Queria, desde já, chamar a atenção para a beleza e para a pertinência do seu nome. Irene, em grego, significa paz. Ireneu é alguém pacífico.

 

Este santo, apesar das controvérsias em que se viu envolvido, nunca se deixou subtrair ao programa ínsito no seu nome.

publicado por Theosfera às 06:05

Hoje, 28 de Junho, é dia de Sto. Ireneu, S. Leão III e S. Nicolau de Charmetsky e seus companheiros mártires.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:58

Quinta-feira, 27 de Junho de 2013

Coisas tão simples podem ter um efeito tão forte.

Eis o que avulta da reportagem da SIC com o Papa Francisco que Joaquim Franco notavelmente compendiou.

Afinal, o informal é capaz de conseguir bem mais que o meramente formal.

Tantos anos, tantos seminários, tantas teses a versar a questão de sempre: como aproximar a Igreja das pessoas?

E eis que alguém, com desarmante humildade, apresenta o «ovo de Colombo».

Deus passa (e passa luminosamente bem) na autenticidade do gesto, no calor do acolhimento, no falar de futebol, no oferecer uma refeição.

Para que pretender a Lua quando é possível fazer tanto na Terra?

O Papa Francisco ainda não saiu de Roma. Mas, em pouco mais de três meses, já chegou a todos os corações!

publicado por Theosfera às 23:34

O antigo cansa. Mas será que o novo entusiasma?

O novo entusiasmará muito, mas durante um tempo cada vez mais reduzido.

O jugo da «neofilia» leva a que nenhuma novidade satisfaça.

Cada novidade é uma etapa de busca de outra novidade.

Somos nómadas de todas as modas.

Todas parecem cativar quando são anunciadas. Nenhuma parece satisfazer quando estaciona.

O homem precisa de mais. O ser humano merece melhor. Muito melhor!

publicado por Theosfera às 23:16

A tecnologia tem o raro sortilégio de operar mudanças e de nos arrastar por elas quase sem nos apercebermos.

Com os novos tempos, estamos perto do longe. Mas, em contrapartida, sentimo-nos cada vez mais longe do perto.

Substituímos a janela pelo ecrã. Já dizia Nélson Rodrigues, esse pronto-a-pensar insaciável, que «a televisão matou a janela».

É importante olhar o mundo. Mas é necessário não deixar de olhar para a rua, para o vizinho, para o rosto caído, para a lágrima furtiva, para o sorriso rasgado.

Quem está disposto a sentir em si a alma dos outros?

publicado por Theosfera às 23:01

A gestão é, cada vez mais, uma ciência e, nessa medida, uma competência.

Devia ser, acima de tudo, uma experiência, uma vivência, uma prática.

Mas a preocupação com a gestão das grandes quantidades talvez desguarneça o cuidado com a gestão das pequenas coisas.

Só que estas coisas (que, afinal, nem são tão pequenas assim) tornam-se decisivas para milhões de seres humanos.

Saberemos nós que um terço da comida produzida no mundo não chega à mesa?

Enquanto uns desperdiçam, outros gemem.

Cada família é um pequeno mundo. Quando faremos do mundo uma grande família?

publicado por Theosfera às 10:22

Não é a acção que motiva. É o seu objectivo. É a motivação que suscita.

Já Platão se apercebera: «Os homens não desejam aquilo que fazem, mas os objectivos que os levam a fazer aquilo que fazem».

Quem tem um ideal grande é capaz de engrandecer tudo. Até o acto mais pequeno.

Não há gestos pequenos nos corações grandes!

publicado por Theosfera às 10:08

A falsidade equivale-se. Mas, sem que o notemos, a falsidade tem manhas de sobra e consegue seduzir.

A falsidade engoda até os mais íntegros.

Joseph de Maistre assinalou: «As opiniões falsas parecem-se com as moedas falsas que são, primeiro, fabricadas por criminosos e, depois, gastas por pessoas honestas que perpetuam o crime sem saber o que fazem».

Muita cautela, pois.

publicado por Theosfera às 10:04

Hoje, 27 de Junho, é dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, S. Ladislau, S. Cirilo de Alexandria e Sta. Luísa Teresa de Montaignac de Chauvance.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:05

Quarta-feira, 26 de Junho de 2013

No mundo, tudo é mudança. O problema é que, desde há muito, a mudança é sentida como negativa.

Mas será que toda a mudança é negativa? O problema está na realidade ou não estará no nosso olhar?

A natureza ensina e Paulo Coelho repara nas suas lições: «Não existe vitória nem derrota; existe movimento».

O Inverno não se sente derrotado quando chega a Primavera. Porque é que o homem se há-de sentir derrotado quando vem a tempestade?

A tempestade não é eterna. Se a vitória não vem agora, há-de vir depois.

Mal não é cair, «é ficar preso no chão».

Não é derrotado quem tenta e não consegue. «Só é derrotado quem desiste». Novas oportunidades hão-de vir.

Se perdeu uma oportunidade, não perca a paciência nem desperdice a esperança.

A história ainda está longe do fim!

publicado por Theosfera às 12:10

1. A nossa história é o lugar do encontro de Deus com o homem. Mas a nossa vida acaba por ser, também, o local do desencontro do homem com Deus.

Nestes vinte séculos de peregrinação pelas estradas do tempo, os cristãos obtiveram importantes ganhos. Mas manda a honestidade reconhecer que também coleccionaram bastantes perdas.

 

2. Muitas vezes, nem reparamos no que podemos estar a perder. Talvez não nos apercebamos de que — como adverte D. António Couto — podemos estar a perder «Cristo e o Seu estilo de vida».

Acontece que este é o maior (a bem dizer, o único) desperdício. Perder Cristo e o Seu estilo de vida não é perder alguma coisa; é perder tudo.

 

3. Fará sentido um Cristianismo sem Cristo, um Cristianismo longe de Cristo?

Não é Cristo que nos perde. Somos nós que nos perdemos de Cristo. Que fazer para redescobrir o Jesus perdido e para reencontrar o Cristo desperdiçado?

 

4. É imperioso que o Evangelho perpasse, que nunca se desfaça e que sempre nos refaça.

É fundamental que as energias se gastem na missão e não se desgastem em tantas adiposidades que os séculos foram introduzindo.

 

5. A leveza do Evangelho reclama uma cura da obesidade burocrática que tão aprisionados nos retém.

Não raramente, parece que vivemos entalados entre uma bulimia funcionalista e uma anorexia vivencial.

 

6. É neste sentido que — como observa D. António Couto — todos, «bispos, padres, consagrados e fiéis leigos deverão ser muito mais evangelizadores e muito menos funcionários, administradores ou gestores».

A Igreja deve habituar-se a sair para que as pessoas possam entrar. No fundo, também estamos dentro quando evangelizamos fora. É que a Igreja não se faz só no edifício. Também se refaz no meio das pessoas, «com simplicidade, verdade, coragem». E sobretudo «com Cristo no coração».

 

7. O Evangelho não deve ser imposto de uma maneira pesada nem apressada.

Ele só pode ser anunciado de uma maneira leve e pausada: «sem ouro, prata, cobre ou alforge». E sem pressas.

 

8. Tenhamos presente que o mundo dispensa bem uma Cristandade fechada, ensimesmada, integrista.

Do que a humanidade está à espera é do Evangelho integral: em forma de palavra e em forma de testemunho de vida.

 

9. O Evangelho não é só para traduzir nas mais diversas línguas.

Acima de tudo e como nos lembra D. António Couto, o Evangelho é para ser «traduzido em gestos novos, porque convertidos, de oração, comunhão e missão».

 

10. É urgente oxigenar de novo a Igreja com a inalação refrescante do Evangelho. Só assim ela será escultora de um futuro diferente no hoje de cada dia.

Afinal, nem tudo está perdido quando nos perdemos em Jesus Cristo!

 

 

publicado por Theosfera às 11:49

Qual será a arma mais forte?

Para Paulo Coelho, «não há arma mais forte que a palavra».

Aliás, é esta arma que desencadeia o uso das outras armas. Trata-se de uma arma poderosa, que, habitualmente, veicula o poder maior: o pensamento.

Ainda que a pessoa esteja aprisionada e a palavra acorrentada, o pensamento mantém-se livre.

Já Carlos de Oliveira, num poema musicado por Manuel Freire, afiançava que «não há machado que corte a raiz ao pensamento».

Mas não gosto muito de ver a palavra como arma. Prefiro pensar na palavra como armadura, como revestimento, como traje.

No fundo, ninguém será dominado enquanto o pensamento for livre e a palavra libertadora!

publicado por Theosfera às 11:33

O mal não é as pessoas quererem sair de Portugal.

O mal é muitas pessoas serem obrigadas a sair de Portugal.

O número não pára de crescer. Será possível inflectir este (des)caminho?

publicado por Theosfera às 11:01

A educação não existe para manter, nem para agradar.

A educação existe para transformar, para melhorar.

Importante na educação não é ser o melhor, mas dar o melhor.

Fundamental não é a competição, mas a cooperação.

Luminosa não é a rivalidade, mas a solidariedade.

O problema é que isto não é fácil e vai encontrando enormes resistências.

Carlos Drummond de Andrade já se apercebera: «A educação visa melhorar a natureza do homem, o que nem sempre é aceite pelo interessado».

Mesmo assim, é necessário prosseguir. Sem jamais desistir!

publicado por Theosfera às 10:43

As leis são importantes, mas não são tudo. Aliás, muitas vezes até parecem dispensáveis.

Pelo menos, era o que achava Disraeli: «Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis».

Um homem recto não precisa da lei. Um homem desonesto nem com a lei melhora.

É que, como adverte Chateaubriand, «as melhores leis tornam-se inúteis quando não cumpridas, e sendo-o mal, são perigosas».

Muito cuidado, pois!

publicado por Theosfera às 10:38

Pertinente o aviso de Nicolas Boileau: «Antes de escrever, aprendei a pensar».

Antes de escrever, antes de falar, antes de agir. Antes de fazer seja o que for, é fundamental pensar.

E pensar é estar atento.

Não acredito que haja improvisos bons em abundância. Só acredito nos improvisos previamente...preparados!

publicado por Theosfera às 10:28

Para conseguir, é preciso começar por desejar. As coisas começam a existir dentro de nós.

Já dizia Einstein: «Se podes imaginar, também podes conseguir».

Não basta, porém. Entre o desejo e a realidade há um longo caminho.

Nem sempre os mais capazes o trilham até ao limite. Só os mais pacientes o levam até ao fim.

Pertinente é o aviso de Santideva: «Se bastasse desejar para conseguir ninguém sofreria: ninguém deseja o sofrimento».

Mas sem sofrer, alguma coisa importante se alcança?

Na vida, o que vale custa, o que custa vale.

E, como precisa, Aquilino, «alcança quem não cansa», quem não desiste de alcançar!

publicado por Theosfera às 10:19

Todos nós somos filhos do um passado, irmãos do um presente e pais do um futuro.

No fundo, no fundo, somos aquilo que outros nos deram e aquilo que ajudamos a dar aos outros. Ninguém foge ao seu passado. Ninguém escapa ao seu presente. Será que alguém quer passar ao lado do seu futuro?

Não tempos culpa do mundo que nos legaram. Mas podemos (e devemos) ter responsabilidade no mundo que vamos legar.

Não deixemos que o futuro seja a mera reprodução do nosso passado. Que ele possa ser a transformação do nosso presente.

Que o nosso agir não desmereça o nosso sonhar!

publicado por Theosfera às 06:15

Se pensar em mudar o mundo, é natural que se sinta sem forças. Mas pense em mudar-se a si mesmo e em mudar algo à sua volta.

Casimiro Brito verteu uma importante recomendação: «Transformar o mundo não posso, mas talvez possa transformar o mundo à minha volta».

Se todos mudarem um pouco, o mundo mudará muito!

publicado por Theosfera às 06:13

Quem ousa, arrisca. Mas quem não ousa, perde-se.

Kierkegaard percebeu isto notavelmente: «Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se»!

publicado por Theosfera às 06:12

Hoje, 26 de Junho, é dia de S. João e S. Paulo (mártires do século IV), S. Pelágio ou Paio e S. Josemaria Escrivá de Balaguer.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:09

Terça-feira, 25 de Junho de 2013

Tudo muda na vida. Muda o tempo.

E, com o tempo, muda o espaço. O mesmo espaço altera-se ao longo do tempo.

O ocidente abandonou o campo, embora muitos procurem, agora, regressar a ele.

O ocidente deixou de ser rural, passando a ser urbano.

A perda da ruralidade não redundou, porém, em ganho de urbanidade.

Falta urbanismo e escasseia urbanidade na própria urbe.

Como avisa Luís Bettencourt, a cidade é cada vez mais um «reactor social».

Os nomes mantêm-se. Mas olhar para Lisboa, Porto ou Coimbra de agora não é a mesma coisa que olhar para Lisboa, Porto ou Coimbra de outrora.

Hoje, as cidades são sobretudo corredores. Muitos carros, muita gente, muita vida?

Há cidades que se agigantam no tamanho, mas tolhem-se em criatividade.

As cidades tendem a copiar-se. São feitas de estereótipos, de ideias feitas.

Creio que ainda é possível devolver a felicidade à cidade!

publicado por Theosfera às 11:06

Para fazer grandes coisas, precisamos de capacidade, mas também não podemos dispensar o perigo.

Luc de Clapiers achava que, «para se executarem grandes coisas, há que viver como se nunca devêssemos morrer».

Eu diria que é precisamente porque morremos que gostamos de deixar marcas na vida.

Já que não ficamos nós, que fiquem as nossas obras.

Fundamental é que essas obras sejam boas. Que saibam a bem. E que respirem paz!

publicado por Theosfera às 10:43

É possível que Condessa Diane tenha razão: «Há quem tenha coragem para afrontar desgraças conhecidas e receie uma nuvem: a imaginação é que produz o medo».

O desconhecido atemoriza mais. Por ser desconhecido!

publicado por Theosfera às 10:38

«Os princípios são os princípios, nem que o sangue tenha de correr pelas ruas!».

Rudyard Kipling chama a atenção para a importância dos princípios.

Mas grande e fundamental princípio é não verter sangue de nenhum ser humano.

A vida humana é o valor maior e a base do princípio supremo!

publicado por Theosfera às 10:36

«A arte não é outra coisa senão a força de sugestão de um detalhe».

Esta percepção de Álvaro Corrado reconduz-nos ao núcleo de tudo o que é belo.

A beleza de um conjunto repousa, quase sempre, na beleza do pormenor.

Há pequenas coisas que fazem toda a diferença: numa obra, num texto, numa vida!

publicado por Theosfera às 10:21

Hoje, 25 de Junho, é dia de S. Próspero de Aquitânia, S. João de Espanha e S. Guilherme de Vercelli.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:04

Segunda-feira, 24 de Junho de 2013

Os santos conseguem sempre surpreender-nos.

S. Bernardo não via na tranquilidade uma vantagem para a Igreja: «É amarga a vida da Igreja quando é perseguida pelos tiranos; ainda mais o é quando é dividida por causa dos hereges; mas atinge o seu clímax quando está tranquila e sossegada».

A Igreja só encontra paz quando se inquieta, não quando se aquieta.

A paz para a Igreja está no ir ao encontro dos outros, dos que sofrem, dos que estão nas periferias!

publicado por Theosfera às 13:06

Crítico é o estado de Nélson Mandela. Mais crítico (diria) é o estado do mundo que não aprende com homens como Mandela.

Nem a morte apagará o seu testemunho de vida como «madiba»(reconciliador).

A minha humilde prece por tão emérita figura!

publicado por Theosfera às 10:06

Muito se discute o estado da educação. Não falta quem defenda cortes na educação.

Caminho perigoso este.

Acham que a educação é cara? Já dizia Derek Bok: «Se acham que educação é cara, experimentem a ignorância».

Nunca é excessivo o investimento na educação!

publicado por Theosfera às 10:01

Muitas vezes, só depois de as coisas acontecerem é que as incoporamos verdadeiramente.

Marcel Proust reconheceu: «A realidade apenas se forma na memória; as flores que hoje me mostram pela primeira vez não me parecem verdadeiras flores».

Precisamos de despertar. Precisamos de ser pontuais em relação à vida!

publicado por Theosfera às 09:56

Coisa bela é a imaginação. Coisa bela, mas potencialmente perigosa.

Mario Melloni sustentou: «A imaginação é mãe das ideias, mas raramente sabe educar as suas filhas».

Esse é, de facto, o problema.

Sem imaginação não há ideias.

Mas não basta a imaginação. É preciso que as ideias, suas filhas, aterrem na realidade, na história, na vida!

publicado por Theosfera às 09:50

Dante Alighieri: «Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la».

As dificuldades na subida tornam mais reconfortante a chegada.

Decididamente, não é a facilidade que oferece felicidade.

O que é difícil desgasta, mas também conforta.

Superar uma adversidade confere uma sensação indescritível, uma paz imensa!

publicado por Theosfera às 09:41

S. João Baptista, cujo nascimento hoje celebramos, era austero, mas não austeritário. Ou seja, vivia a austeridade na sua vida, mas não a impunha aos outros.

Era exigente consigo, mas indulgente com os outros.

É claro que denunciava os excessos e a ostentação. Pugnava pela sobriedade nas palavras e nos gestos.

Eis uma diferença que importa anotar. Hoje em dia, não falta quem imponha a austeridade. Mas para os outros...

publicado por Theosfera às 06:11

Este era um homem de fibra,

um homem autêntico, honesto e bom.

 

Celebramos, hoje, o nascimento de João,

aquele que veio preparar os caminhos do Senhor.

 

Foi sempre corajoso, honesto e íntegro.

Não se deixou vergar. Não se deixou vender.

 

Foi igual a si próprio. Procurou ser fiel a Deus.

Não veio para dizer o que as pessoas gostavam de ouvir.

Veio para dizer o que as pessoas precisavam de escutar.

 

Obrigado, Senhor, pela coragem de João,

aquele que Te baptizou nas água do Jordão.

 

Obrigado, Senhor, por não ter vacilado nas horas difíceis

e por ter olhado sempre em frente, sem hesitar.

 

Obrigado, Senhor, por este homem sem calculismos.

Obrigado pela sua lição de vida:

«É preciso que Ele (Jesus) cresça e eu diminua»!

 

Obrigado também pela sua simplicidade e despojamento.

João não se vestia com grandes roupas nem se banqueteava em refeições opulentas.

 

Obrigado, Senhor, pela frugalidade de João.

Num tempo de tantos desperdícios, dá-nos a ousadia da partilha e da solidariedade.

 

Dá-nos, Senhor, a força para anunciar, com os lábios e com a vida,

que Tu és o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

 

Que desapareçam os calculismos e as ambições.

Que em nós arda o vigor de João.

 

Que nós sejamos capazes de viver para Ti

como João viveu para Ti.

 

Que os nossos lábios Te anunciem

como os lábios de João Te anunciaram.

 

Que o nosso coração esteja voltado para Ti

como sempre esteve o coração de João.

 

Que nós sejamos capazes de Te mostrar a todos

como João Te mostrou.

 

Que nunca recuemos nas dificuldades

como João nunca recuou.

 

Que o nosso testemunho perdure até ao fim

como perdurou o testemunho de João.

 

Que nos demos inteiramente

como João se doou.

 

Obrigado, Senhor, pela vida deste grande homem.

Obrigado pela lição da sua vida.

 

Obrigado pela entrega total do seu ser.

Que os nossos lábios e que a nossa vida mostrem quem Tu és,

JESUS!

publicado por Theosfera às 06:10

Hoje, 24 de Junho, é dia do nascimento de S. João Baptista e de Sta. Raingarda.

Refira-se que S. João Baptista, dada a sua extrema popularidade, é padroeiro dos cuteleiros, espadeiros, alfaiates e peleiros.

É invocado contra os espasmos, as convulsões, as epilepsias e o granizo.

É também considerado protector dos cordoeiros.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:05

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