O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 31 de Maio de 2013

Não Te digo adeus, Mãe!

 

É o último dia do Teu mês.

 

Mas Tu ficas sempre connosco, na Igreja de Teu Filho

 

e na Humanidade que, como Ele, Tu tanto amas.

 

Adeus, ó Mãe? Não.

 

Sempre conTigo, Mãe!

 

publicado por Theosfera às 21:46

Urge estar atento aos acontecimentos. Mas é fundamental que não nos deixemos arrastar (nem devorar) por eles.

Faz bem ser crítico (também) em relação ao que acontece.

Com efeito, é perturbador quando a discordância degenera em animosidade.

É perigoso quando a ofensa é tida como um direito e o respeito não é olhado como um dever.

E, como temos ouvido amiúde nos dias que passam, é assustador qualificar a violência como normal.

Frequente tem sido, sem dúvida. Mas normal?

Já agora, qual é a norma que preceitua a violência? E, nesse caso, porque será ela mais seguida que as (outras) normas?

publicado por Theosfera às 10:21

Com tudo se aprende.

Não faltam sequer «mestres» para nos ensinar. E as grandes lições não advêm apenas da prosperidade.

Já dizia Esopo, em plena Antiguidade, que até «as desventuras servem de lição aos homens».

Não desperdicemos tais ensinamentos. Não fujamos destes «mestres»!

publicado por Theosfera às 10:14

O principal desafio é simplificar o que se mostra complicado. Só que a grande tendência é para complicar o que até é simples.

Cesare Pavese notou: «Em suma, todo o problema da vida é este: como romper a própria solidão, como comunicar-se com os outros».

Nem sempre comunicamos como queremos. Nem sempre somos acolhidos como desejamos.

Será possível algum reencontro no meio de tanto desencontro?

Em Cristo todos nos encontraremos!

publicado por Theosfera às 10:08

Paul Valéry achava que «estamos ameaçados por duas calamidades: a ordem e a desordem».

De facto, a ordem pode ser uma calamidade quando se transforma em sufoco.

Será possível manter tudo ordenado sem recorrer à ordem?

publicado por Theosfera às 10:02

Hoje é a festa da Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel.

E, de repente, notamos que esta é uma espécie de antecâmara da Solenidade do Corpo de Deus.

É que a primeira procissão do Corpo de Deus não foi em 1264. Foi, muito antes, quando Maria visitou Isabel.

Já tinha concebido. O Corpo de Deus já estava no Seu seio.

Hans Urs von Balthasar chamou-Lhe, com toda a propriedade, «cálice do Verbo». E o nosso Frei Amador Arrais qualificou-A como «capela de Deus».

Maria caminhou com pressa. A caridade assim o exigia. A solidariedade é sempre a prioridade.

E onde há amor e solidariedade, Deus está perto!

publicado por Theosfera às 09:54

Alguma coisa tem de ser feita. As coisas não podem continuar como estão.

Mas, atenção, a violência não resolve. A violência só agrava.

John Kennedy deixou o aviso: «Os que tornam impossível a revolução pacífica acabam por tornar inevitável a revolução violenta».

Não adiemos a revolução pacífica.

O tempo não é infinito. E a paciência dos povos escoa-se depressa!

 

publicado por Theosfera às 09:47

«A verdade é transmutada "dialecticamente" no devir do pensamento».

Eduardo Lourenço, magistral como sempre e pertinente como nunca.

A verdade nunca é estacionável, manipulável nem possuível.

Peregrina, está sempre em trânsito. E não pousa naqueles que, comodamente, repousam. Só habita naqueles que caminham.

A verdade é, por natureza, nómada. Gosta de surpreender os que não se instalam!

publicado por Theosfera às 09:42

Hoje, 31 de Maio, é dia da Visitação de Nossa Senhora a Sta. Isabel, Nossa Senhora do Coração de Jesus, Nossa Senhora da Boa Nova e Sta. Petronila.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:01

Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

As circunstâncias criam-nos. Mas nós também podemos criar as circunstâncias.

Napoleão assinalou: «Circunstâncias? Eu crio as circunstâncias»!

publicado por Theosfera às 09:39

«O que não se disse ainda o suficiente é que ser feliz é também um dever para com os outros».

Alain tocou no fundamental.

Só se pode ser feliz com os outros, para os outros. Nunca contra os outros, nunca sem os outros!

publicado por Theosfera às 09:37

«Não é a ignorância, mas a ignorância da ignorância que mata o conhecimento».

Alfred North Whitehead detectou o essencial.

Não se pode avançar no conhecimento enquanto não se adverte o conhecimento inicial: o não conhecimento que a todos nos irmana!

publicado por Theosfera às 09:35

Hoje, 30 de Maio, é dia de Sta. Joana d'Arc, S. Fernando e Sta. Baptista Varani.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:59

Quarta-feira, 29 de Maio de 2013

Alguém chamou palhaço a alguém.

O primeiro ofendido nem terá sido a pessoa em causa. A primeira ofendida foi a verdade.

É que o visado é economista, professor e político. Logo, não é palhaço.

Depois, palhaço indica uma actividade tão digna como todas as outras. Não é curial, embora seja frequente, fazer de uma profissão uma arma de arremesso.

Acresce que é estranho que a ofensa seja mais vista na óptica do ofensor do que na óptica do ofendido.

E o mais delicado nem sequer é o facto de se tratar do presidente da república. O mais grave é tratar-se de um ser humano.

Pode haver mil razões para discordar. Mas não haverá um único motivo para ofender.

Para aferir uma ofensa, não basta atender uma parte. É prudente escutar todos os envolvidos, designadamente os atingidos.

E é preciso perceber que, mesmo não havendo intenção de ofender, há quem se tenha sentido ofendido.

A crise já é funda. Não aprofundemos mais a decadência.

O melhor é reflectir, inflectir e seguir em frente. Se possível, mais serenos.

O ambiente já está crispado e suficientemente anuviado. Urge preservar uma reserva de concórdia, decoro e moderação.

publicado por Theosfera às 19:08

1. Não há pessoas iguais, mas pode haver pessoas parecidas.

Quando o Papa Francisco foi eleito, muita gente se lembrou de João XXIII.

 

2. Os seus percursos até são bastante distintos. Mas quem nega haver entre eles muitos traços comuns?

Não faltou, desde o princípio, quem visse no Papa Francisco uma espécie de reprodução do Papa João.

 

3. Mas será que Francisco pode ser descrito como um continuador de João? E, consequentemente, fará sentido apontar João como um antecipador de Francisco?

José Manuel Vidal e Jesús Bustamante não perderam tempo e, pouco depois do Conclave, publicaram um livro com o título: «Francisco, o novo João XXIII»!

 

4. É claro que as leituras apressadas correm o risco de ser redutoras e, muitas vezes, enviesadas.

Mas é um facto que quem conheceu o Papa João parece que o está a reconhecer no Papa Francisco. E quem visita o Papa Francisco fica com a sensação de que está a revisitar o Papa João.

 

5. Compreende-se, pois, que o perfil de João XXIII possa despontar como uma possível chave de leitura do que pode ser o pontificado do Papa Francisco.

Não se trata de uma condicionante, mas de uma inspiração.

 

6. Baruch Tenembaum, candidato por várias vezes ao Prémio Nobel da Paz, auspicia que o Papa Francisco vai introduzir a Igreja num tempo diferente.

Já o Papa João, que foi eleito no Outono, inaugurou uma Primavera. O Papa Francisco, escolhido no final do Inverno, tem sido apontado como prenúncio de uma nova Primavera.

 

7. Tenembaum assinala que «os dois provêm de lares humildes».
Como João XXIII, também o Papa Francisco «fala com simplicidade. Para ele, o importante é que as pessoas o entendam».

A bondade, que fluía em cada gesto do Papa João, é um tema recorrente na trajectória do Papa Francisco. Em Buenos Aires, já confessava o seu receio «de uma ética sem bondade».

 

8. Como o Papa João, o Papa Francisco não quer afastar a Igreja do nosso tempo, mas pretende sobretudo aproximá-la dos começos.

Na linha do Papa João, o Papa Francisco deseja que a Igreja esteja no mundo, mas sem ser mundana. Daí os gestos que sinalizam uma Igreja despojada, uma Igreja peregrina, uma Igreja acolhedora.

 

9. Como fazia o Papa João, também o Papa Francisco fala com todos e acolhe cada um. Afaga os mais pequenos, acarinha os doentes, pára junto dos idosos, quebra os protocolos, faz humedecer os olhos e vai comovendo todos os corações.

Acontece que, tal como se notava no Papa João, também a bondade do Papa Francisco não é ingénua. Ele é determinado e sabe o que quer. Ou, melhor, sabe o que Deus quer dele.

 

10. João XXIII morreu faz dia 3 de Junho cinquenta anos. Mas a chama que acendeu nunca se apagou.

Sentimos que está a renascer nestes primeiros passos do Papa Francisco!

publicado por Theosfera às 12:11

Não se mata só a tiro nem à bomba. Não se mata apenas quando se tira a vida.

Também se mata quando se impede que a vida tenha vida.

Quando uma pessoa morre de fome, não morre; é assassinada.

A fome é um homicídio em que só reparamos quando há vítimas.

Mas a fome também tem causas e causadores. E a indiferença não é isenta de culpa!

publicado por Theosfera às 12:03

«A arte é a recaída de um fervor».

André Gide percebeu o essencial.

A arte é a somatização de uma palpitação intensa, de uma chama de nunca deixa de arder.

É por isso que a arte, antes de subir ao palco ou de surgir na tela, tem de nascer na alma.

É na alma que flui o fervor que se transforma em arte!

publicado por Theosfera às 11:57

Palavra pequena, mas talvez seja a palavra mais necessária. É uma palavra não só para dizer com os lábios, mas para pronunciar com a vida.

Hoje em dia, há que redescobrir o valor do «não». Não a tanta coisa supérflua, não a tanta coisa violenta.

José Saramago anui: «A palavra mais necessária nos tempos em que vivemos é a palavra não. Não a muita coisa, não a uma quantidade de coisas que eu me dispenso de enumerar».

publicado por Theosfera às 11:54

Luigi Pirandello toca no busílis da sensibilidade e da subjectividade: «O prazer que um objecto nos proporciona não se encontra no próprio objecto. A imaginação embeleza-o, cercando-o e quase o irradiando com imagens estimadas. Em suma, no objecto amamos aquilo que nós mesmos colocamos nele».

No fundo, no fundo, as coisas não são (apenas) o que são. As coisas são o que nós vemos nelas!

publicado por Theosfera às 11:50

Millôr Fernandes pergunta : «A saudade diminuiu ou fomos nós que envelhecemos?»

A saudade não deixa envelhecer.

A saudade traz o que vivemos para o que estamos a viver.

A saudade transporta o que fomos para o terreno do que somos!

publicado por Theosfera às 11:47

1. Nunca se usou tanto a palavra como hoje. E talvez nunca nos tenhamos sentido tão saturados de palavras como hoje.

Em causa não está a palavra, mas o uso que lhe temos dado. E é por isso que o silêncio desponta não como uma recusa da palavra, mas porventura como a sua reabilitação, o seu reencaminhamento, a sua redenção.

 

2. O problema não está na palavra. O problema é o que nós estamos a fazer com as palavras.

O que avulta é a palavra da suspeita, a palavra da calúnia, a palavra da glória vã e da vanglória, a palavra como arremesso.

O que sobressai é o eclipse da palavra de alento, da palavra da esperança, da palavra da verdade. É tudo isto que faz do silêncio não apenas um refúgio ou uma nostalgia, mas também uma necessidade ou até uma terapia.

Aqui, o silêncio não é a ausência de palavra. É o chão da sua sementeira. E o fermento para a sua plena fruição!

 

3. Hoje em dia, as palavras gastam pelo ruído que provocam. E desgastam pelo vazio que veiculam.

Às vezes, nem quando se está calado se faz silêncio. Pode não haver ruído no exterior, mas pode faltar silêncio no interior.

 

4. Manuel António Pina tem razão quando sustenta que «as palavras esmagam-se entre o silêncio que as cerca e o silêncio que transportam».

Que será melhor, então? Falar é difícil. Mas calar também é arriscado. O poeta confessa: «Já não é possível dizer mais nada, mas também não é possível ficar calado».

Eis o paradoxo em toda a sua crueza: «Faltam-nos as palavras» nestes tempos em que «se fala de mais»!

 

5. E o certo é que, ao lado das palavras, há um silêncio no universo que nem todos os discursos conseguem abafar.

É desse silêncio, não tumular mas primordial, que flui o sentido e o horizonte que o conceito tenta captar, mas não é capaz de verbalizar. É nesse silêncio marsupial que importa habitar.

 

6. Pelo menos, nesse silêncio respira-se. Há palavras, as deste tempo ruidoso, que afogam!

Acresce que, como notava Gustave Le Bon, «quem se gasta em palavras, raramente se gasta em acções».

 

7. Há quem aposte tudo na linguagem verbal. Mas a linguagem não verbal é mais poderosa.

Daí o lancinante apelo de Sto. António: «Cessem as palavras e falem as obras. De palavras estamos cheios, de obras vazios».

Se repararmos e como dizia Erik Geijer, «o que se faz de grande faz-se em silêncio». A própria palavra, para ser valorizada, precisa de ser condimentada pelo silêncio. Caso contrário, é a banalização.

 

8. Hoje em dia, não há muita comunicação. O que há é muito ruído!

Há muito ruído de dia, mas também de noite. Há muito ruído nas ruas, mas também em casa, mas também nas escolas, mas também nas igrejas.

 

9. Na maior parte das vezes, nem temos motivos para falar. O que já não conseguimos é ter vontade para calar ou disponibilidade para escutar! Quem ouve, nestes tempos, as palavras ditas, as palavras gritadas?

Há momentos em que falar é um imperativo. Mas há instantes em que calar é uma urgência e um bom indicador de sabedoria.

 

10. Uma onda de silêncio pode ser o melhor antídoto para curar os estragos provocados pela tempestade de certas palavras.

Às vezes, não é preciso falar muito para dizer bastante.

A vida não se diz só com os lábios. E há gestos que dizem tudo!

publicado por Theosfera às 07:05

Hoje, 29 de Maio, é dia de S. Maximino, Sta. Úrsula de Ledochowska e S. José Gérard.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:02

Terça-feira, 28 de Maio de 2013

Sonhador não é o que dorme. É o que acorda antes, é o que se levanta cedo.

Oscar Wilde percebeu: «Um sonhador é aquele que só ao luar descobre o seu caminho e que, como punição, apercebe a aurora antes dos outros».

O segredo do sonhador está na antecipação!

publicado por Theosfera às 10:49

Agustina Bessa-Luís: «Os povos em busca de originalidade não existem; existem os funcionários da inteligência que julgam ir ao encontro das aspirações dos povos dando-lhes uma dimensão excepcional».

Mas, ao menos, esses «funcionários da inteligência» puxam pela auto-estima dos povos, levando-os a acreditar que há um horizonte para lá da fatalidade dos números!

publicado por Theosfera às 10:46

Muito subtil a distinção de Christiaan Huygens: «A vida é um sonho, mas sonhar não é viver».

A vida é um sonho que se vai realizando.

Sem sonho, a vida empobrece. Mas só sonhando nem o sonho enriquece.

É preciso dar sonho à vida. E é fundamental dar vida ao sonho!

publicado por Theosfera às 10:40

Transmitir é ensinar? Será, sem dúvida, uma forma de ensinar.

Mas, para Xenofonte, «interrogar é ensinar».

Quando se interroga, o espírito abre-se, procura e nunca estaciona em nenhum apeadeiro do conhecimento.

Por isso e como lembrava Heidegger, «a interrogação é a oração do pensamento»!

publicado por Theosfera às 10:37

94 mil mortos depois, a Síria continua mergulhada numa guerra do poder contra o (seu) povo.

Quando soará o último tiro? Quando morrer o último cidadão?

A guerra já pôs fim a tantas vidas.

É (mais que) tempo de a vida pôr fim a esta guerra!

publicado por Theosfera às 09:15

Há na música um transporte inevitável para lugares surpreendentes.

Nem toda a música a bela. Mas até a música que não é bela encerra uma mensagem.

Já a música bela, essa, embala-nos com o suave sussurro de Deus.

Por isso, Mia Couto, que diz ter nascido para «estar calado», acertou quando confessou que «a música é uma praça divina»!

publicado por Theosfera às 09:10

Nada como ouvir (ou ler) um homem grande para melhor entender um grande homem.

 

Zubiri dizia, humildemente, que «o menos mau de si mesmo» a Ortega o devia.

 

Olegario González de Cardedal notava que o teólogo tem de aliar a «complexidade da inteligência» à «simplicidade do coração».

 

Trata-se de um apelo, mas que também pode ser visto como um reconhecimento.

 

Andrés Torres Queiruga incorpora, belamente, aquela síntese.

 

Aliás, é difícil encontrar alguém como ele onde as duas dimensões se casem tão harmoniosamente.

 

Torres Queiruga é alguém que se impõe por uma inteligência fulgurante e que se destaca por uma cordialidade absolutamente tocante.

 

Para ele, o Cristianismo não é uma trincheira nem uma cave, onde se refugiem os últimos (supostos) fiéis.

 

Para ele, o Cristianismo é uma janela por onde todos os ventos passam e uma fronteira onde todos os olhares se cruzam.

 

Torres Queiruga não se limita a reproduzir as respostas de sempre. A sua prioridade é escutar as perguntas de hoje.

 

Daí a sua preocupação em repensar, palavra que aparece no título de algumas das suas obras.

 

É preciso repensar (voltar a pensar) a fé, a criação, a redenção, a ressurreição, o mal.

 

Não quer dizer que as respostas de outrora não tenham validade. O problema é que tais respostas podem não corresponder às perguntas de hoje.

 

Torres Queiruga é, antes de mais, um homem atento, afável.

 

As suas obras deixam transparecer, acima de tudo, as inquietações do presente.

 

A sua pretensão não é resolver todos os enigmas, mas dar eco a todas as preocupações.

 

Espanta, por isso, que um homem que tanto se tem empenhado em compreender seja, tantas vezes, incompreendido.

 

Mas esse é um dos mistérios não decifrados do nosso tempo. De todos os tempos?

 

A teologia e a cultura têm uma dívida de gratidão muito grande para com este homem de vistas largas e horizontes vastos.

 

Com ele, aprendemos não apenas o valor da resposta, mas também a importância da pergunta e a centralidade da procura.

 

Andrés Torres Queiruga completa, neste dia, 73 anos de vida.

 

Os parabéns são de nós para ele. Mas as prendas são dele para nós: as suas obras, o seu testemunho, a sua fé, a sua delicadeza, o seu brilho intenso, mas nunca ofuscante.

 

Longa vida!

publicado por Theosfera às 06:58

Hoje, 28 de Maio, é dia de S. Justo e S. Germano de Paris.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:56

Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

Faz hoje 50 anos que morreu Aquilino Ribeiro, que nasceu não muito longe daqui.

Pertinente o que escreveu: «Creio que a arte de governar não reside apenas em operações de tesouraria e previdência. Pelo ritmo do progresso, inerente a tal doutrina, só daqui a cem anos teria Portugal um nível de vida aceitável, uma indústria comezinha, sempre antiquada em relação à do resto da Europa, as estradas que ambiciona, hospitais em que coubessem os seus enfermos, casas de educação regidas por uma pedagogia que viesse a desenvolver as faculdades das crianças e não as jugulasse aos varais consabidos de ideias revelhas e sistemas bafientos. Entretanto, o País fica como a Lua, metade em penumbra»!

Os grandes vêem longe!

publicado por Theosfera às 11:11

Não sei se concorde com Orson Welles: «O cinema não tem limites nem fronteiras.

É um fluxo constante de sonho».

Devia ser de facto. Mas eu pressinto que o cinema está muito freado por arquétipos, estereótipos, por uma cultura «standard».

O panorama actual não é o mais exaltante. Aposta-se muito nos efeitos especiais que as tecnologias possibilitam.

É pouco.

publicado por Theosfera às 11:03

Não diria como Frank Sinatra: «A melhor vingança é um sucesso estrondoso».

Desde logo, porque não creio que a vingança possa ser boa e, muito menos, melhor.

Mas não há dúvida de que o melhor argumento é a compostura, o porte, o trabalho, a dedicação, a persistência, a dignidade.

O importante não é reagir. É nunca deixar de agir!

publicado por Theosfera às 10:57

Hoje, 27 de Maio, é dia de Sto. Agostinho de Cantuária, Evangelizador dos Ingleses, e S. Júlio, Padroeiro dos que recolhem o lixo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:03

Domingo, 26 de Maio de 2013

Maravilhoso és Tu, Senhor.

Porque és Deus,

porque és Pai,

porque és Filho,

porque és Espírito Santo,

porque és amor.

 

Maravilhoso és Tu, Senhor.

Porque és único, mas não és um.

Porque és mistério, mas não estás longe.

Porque és poderoso, mas também simples e humilde.

 

Maravilhoso és Tu, Senhor.

Porque és Trindade.

Porque és unidade.

Porque és comunhão.

Porque és vida.

Porque és luz.

Porque és paz.

 

Maravilhoso és Tu, Senhor.

Maravilhoso é o Teu ser.

Maravilhosa é a Tua doação.

Maravilhosa é a Tua presença.

 

Tu, Senhor, estás no Céu.

Tu, Senhor, estás na Terra.

Tu, Senhor, és o Céu na Terra.

Em cada ser humano, Tu armas a Tua tenda

e constróis uma morada, uma habitação.

 

Obrigado, Deus Pai.

Obrigado, Deus Filho.

Obrigado, Deus Espírito Santo.

Obrigado por tanto.

Obrigado por tudo.

 

Que a nossa atmosfera seja sempre uma teosfera.

Que em cada momento haja uma brisa a respirar a Tua bondade.

Que a nossa vida mostre a Tua vida,

a vida que vem de Ti.

 

Que nunca esqueçamos

que somos baptizados no Pai, no Filho e no Espírito Santo.

 

Que tudo em nós seja ressonância

desta presença divina pelas estradas do tempo.

 

Obrigado, Santíssima Trindade,

por estares em cada um de nós.

 

Obrigado porque Um de Vós

Se quis tornar um de nós,

de cada um de nós.

 

Obrigado por estares sempre connosco,

na vida e na Palavra feita carne,

na vida do Teu Filho,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:00

Eis como o nosso tempo está a fazer emergir uma nova «religião», com um único «deus» (o dinheiro) e uma nova «trindade» (com muitas aspas).

Segundo o teólogo Xabier Pikaza, essa «trindade» é composta «pelo Deus-Capital (que não é Pai, mas monstro que tudo devora), pelo Filho-Empresa, que não redime, mas produz bens de consumo ao serviço dos privilegiados do sistema, e pelo Espírito-Mercado, que não é comunhão de amor, mas forma de domínio de uns sobre os outros».

Esta idolatria, que está longe de ser felicitante, não é humanizadora. Desvia-nos de Deus e nem sequer nos recentra no Homem!

publicado por Theosfera às 08:52

Neste dia da solenidade da Santíssima Trindade, o mistério por excelência, somos, uma vez mais, confrontados com os limites da linguagem.

 

Para falar de Deus, a linguagem parece um estorvo. E, de facto, não é uma estrada muito plana. É, acima de tudo, uma via muito íngreme, acidentada.

 

Fala-se, habitualmente, da Trindade como um sistema de relações (geração, espiração, pericorese, circumincessão, agenesia, etc.).

 

Raimon Pannikar disse a um bispo africano, aflito por não conseguir transpor este discurso para os seus diocesanos, que ele era um homem cheio de sorte. É que, em relação a Deus, é muito mais o que não sabemos do que o que sabemos.

 

Já Tomás de Aquino aludia à miséria das palavras (inopia vocabulorum). Como lembrava alguém, só é possível compreender Deus se não O quisermos explicar. A Teologia será sempre gaga. Só por tímidos balbucios deixará escapar algo do muito que (não) sabe.

 

Para falar de Deus, resta-nos o amor. Agostinho de Tagaste dizia que o Pai é o amante, o Filho o amado e o Espírito Santo o amor. É uma concepção colada à matriz neotestamentária: «Deus é amor» (1Jo 4, 8.16).

 

Entretanto, Mestre Eckhart, com a irreverência mística do seu génio, chega à mesma conclusão usando a linguagem do...riso: «O Pai ri para o Filho e o Filho ri para o Pai, e o riso gera prazer, e o prazer gera alegria, e a alegria gera amor».

 

Sublime! E, sem dúvida, muito comovente!

publicado por Theosfera às 08:48

Por vezes, tudo acontece em cascata e sem que nos apercebamos.

Sofremos com o desprezo e achamos que o melhor é alardear desprezo.

Mas, com isso, não atraímos solidariedade nem repomos justiça. Só acrescentamos veneno.

Como notou Kellgren, poeta sueco, «todos aqueles que se sentem desprezados fazem tudo na vida para serem odiados».

É pena que seja assim. É urgente que deixe de ser assim!

publicado por Theosfera às 08:45

No Livro da Sabedoria (6, 15) vem um precioso elogio da mesma, da sabedoria: «Quem vigia pela sabedoria logo se isenta de preocupações».

É por isso que a sabedoria, não dispensando o conhecimento, vai mais longe que o conhecimento.

Há uma sabedoria que se apreende numa única universidade: na universidade da vida!

publicado por Theosfera às 08:42

«O encanto é a virtude sem a qual todas as restantes são inúteis».

Robert Stevenson estava certo.

Sem encanto, nem sequer somos capazes de advertir as outras virtudes!

publicado por Theosfera às 08:39

A coragem não é corajosa (passe o truísmo) quando é intempestiva, vulcânica, repentina.

A coragem, muitas vezes, mede-se pela paciência. Aliás, foi o que notou Étienne Sénancour: «A coragem real é mais paciente que audaciosa».

Os resultados costumam demorar. Mas a paciência é alentadora e, por isso, eficaz.

É a impaciência (ainda que travestida ocasionalmente de coragem) que tudo destrói e compromete!

publicado por Theosfera às 08:37

Hoje, 26 de Maio (Solenidade da Santíssima Trindade), é dia de S. Filipe de Néri e de Sta. Maria Ana de Paredes.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:01

Sábado, 25 de Maio de 2013

Bem avisado foi Vinicius de Moraes quando lembrou que «a vida é feita de encontros, mas há tantos desencontros na vida».

Umas vezes, esperamos pelo que nunca chega. Outras vezes, esperamos pelo que já passou. Outras vezes ainda, esperamos o que é certo, mas na hora imprópria e no local errado.

Como canta Sérgio Godinho, «toda a gente passou horas em que andou desencontrado, como à espera do comboio na paragem do autocarro».

O mais normal é cair neste erro, incorrer neste equívoco, laborar neste engano.

Precisamos de uma luz que nos permita enxergar no meio desta obscuridade.

Deus é esta luz. Deus é luz!

publicado por Theosfera às 18:14

Uma das leis mais importantes (mas menos percebidas) é a lei das compensações.

No tempo da velocidade, andamos apressados e sentimo-nos pressionados.

Como lembra Tolentino Mendonça, precisamos de reaprender a arte da lentidão.

Milan Kundera avisa: «Quando as coisas acontecem depressa demais, ninguém pode ter a certeza de nada, de coisa nenhuma, nem de si mesmo».

No limite, a pressa conduz-nos ao esquecimento. Temos, mas não retemos. Passamos, mas não habitamos.

Vivemos a correr. Corremos a viver.

Abrandemos o ritmo para aumentar a qualidade.

Um ritmo mais pausado permitir-nos-á gerir bem e digerir (muito) melhor!

publicado por Theosfera às 18:04

Do trânsito de Tomé entre a dúvida e a fé, lavrámos a conclusão de que é preciso ver para crer.

Mas o mais importante é a reacção de Jesus e a posterior atitude crente do mesmo Tomé.

Afinal, é preciso crer para ver. Só consegue ver quem crê, quem acredita.

Crer é ver fundo, é ver longe, é ver sempre. Mesmo quando parece que nada se vê.

Quando se crê, até o invisível acaba por ser visto!

publicado por Theosfera às 17:43

Muita gente se espanta ao notar como, por vezes, as piores ideias encontram maior aceitação que os melhores ideais.

De facto, as pessoas mais dotadas, recorrendo aos argumentos mais primorosos, não conseguem convencer o vulgo.

Não raramente, o medíocre é mais popular. Temos de nos vergar à realidade.

Os melhores argumentos são brilhantes, mas podem não bastar. Eles dependem não só de quem os emite, mas também de quem os escuta.

E já avisava Vergílio Ferreira: «Não há argumentos que bastem para a segurança de uma adesão. O último argumento somos nós. E esse é decisivo».

Por isso é que somos sujeitos. Logo subjectivos, como lembrava Alçada!

publicado por Theosfera às 11:37

«O que nós fazemos nunca é compreendido, mas somente louvado ou condenado».

Nietzsche terá razão.

A conveniência acaba por ditar a sua lei.

publicado por Theosfera às 07:34

Pior que o violento é o ingrato.

O violento agride muito. Mas o ingrato magoa bastante mais.

Cícero já o notara: «O maior inimigo da sociedade é o ingrato»

A gratidão é o néctar da convivência porque reconhece o bem que é feito.

publicado por Theosfera às 07:32

Célebre, mas jamais fastidiosa, a recomendação de Franklin Roosevelt: «A única coisa que devemos temer é o próprio medo».

O excesso de medo, tributário do calculismo, leva a que o essencial fique eternamente adiado.

Aproveite, pois, o dia mais importante: hoje!

publicado por Theosfera às 07:29

Hoje, 25 de Maio, é dia de Sta. Madalena Sofia Perat, Sta. Vicenta María López de Vicuña, S. Gregório VII, S. Beda Venerável e Sta. Maria Madalena de Pazzi.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:03

Sexta-feira, 24 de Maio de 2013

Um pouco de temor é sinal de sensatez. Muito temor é sintoma de falência, de bloqueio.

O ideal é manter o temor na intimidade.

Já dizia Francisco Quevedo, nos idos de Seiscentos: «Deve sempre conservar-se o temor, mas nunca mostrá-lo»!

publicado por Theosfera às 09:46

A amizade em proveito próprio é amizade? A amizade em proveito próprio é interesse.

A amizade estará sempre centrada na pessoa do outro, do amigo.

Epicuro era céptico a este respeito: «Toda a amizade, por mais desejável que seja por si mesma, é, no fim das contas, construída sobre o proveito próprio».

Urge limpar o percurso da amizade.

A amizade é o antídoto do egoísmo. Não pode ser o seu suporte.

Muito há a fazer, a discernir, neste campo!

publicado por Theosfera às 09:43

Roland Barthes notou que «a literatura não permite caminhar, mas permite respirar».

E o certo que, sem respirar, não se consegue caminhar, não se consegue viver!

publicado por Theosfera às 09:40

A fé não se professa só com os lábios. A fé confessa-se, acima de tudo, com a vida.

Aliás, uma fé correcta corre o risco de ser desmentida por uma vida incorrecta.

Num certo sentido, o mais importante nem é falar; é agir.

Fazer o bem é o melhor hino à fé.

O Papa Francisco sublinhou: «Se nós, cada um pela sua parte, fizermos o bem aos outros, encontramos-nos lá, fazendo o bem; façamos aquela cultura do encontro de que precisamos tanto, encontremo-nos fazendo o bem. "Mas padre, eu não creio, sou ateu." Mas faz o bem: lá nos encontraremos»!

publicado por Theosfera às 09:38

Hoje, 24 de Maio, é dia de Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora da Estrada, S. Rogaciano, S. Donaciano, S. Guilherme de Fenol e S. Luís Zeferino Moreau.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:03

Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

Girardin alertou nos idos de Novecentos: «A força dos governos é inversamente proporcional ao peso dos impostos».

Os governos pensam que mostram a sua força sobrecarregando com impostos.

Mas, nessa pretensão, acabam por ostentar uma comatosa fraqueza.

Quanto mais sobrecarregam os cidadãos, mais se esvaziam a si mesmos.

Quando se obriga a pagar em excesso, a maioria não conseguirá pagar nada.

Bom senso precisa-se!

publicado por Theosfera às 09:33

«Nada nos impede mais de ser naturais do que o desejo de o parecermos».

La Rochefoucauld entendeu o essencial.

Entre o parecer e o ser há uma distância que devia ser ultrapassada.

Há quem não pareça o que é. E há quem não seja o que parece.

Verdade acima de tudo.

publicado por Theosfera às 09:28

«Muito transforma-se em pouco se se deseja um pouco mais».

Francisco Quevedo toca num ponto muito sensível.

Quem pouco quer achará que muito alcança. Quem muito ambiciona nunca se satisfaz!

publicado por Theosfera às 09:25

Hoje, 23 de Maio, é dia de S. João Baptista de Rossi, S. Desidério e Sta. Joana Antide Thouret.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:02

Quarta-feira, 22 de Maio de 2013

 

1. Continuamos à procura de soluções. Mas, invariavelmente, acabamos por verificar que laboramos nos mesmos problemas.

A experiência diz que os problemas clamam por soluções. Mas a história também documenta que as soluções arrastam novos problemas.

 

2. As alternativas costumam ser procuradas dentro do poder. Para quando uma autêntica alternativa ao poder?

Não faltará quem estigmatize este desejo, taxando-o de quimérico e apodando-o de simplesmente utópico e irrealizável.

 

3. Ressalve-se que a raiz do problema nem sequer está no poder. Está no modo como se usa o poder, como se abusa do poder. Está no poder pelo poder. Está no poder como objectivo único e finalidade última.

A vocação do poder é ser instrumento. Para isso, tem de possuir uma nascente e uma direcção. O que se vê, porém, é o poder a sacrificar todos e a não sacrificar-se por ninguém.

 

4. Jesus tem uma palavra a dizer também neste campo. Para Ele, o único poder que vale é o poder do amor.

É um facto que o poder nem sempre tem amor. É uma urgência que o amor tenha sempre poder.

 

5. A mensagem de Jesus continua a ser nova e o Seu mandamento mantém-se novo: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13, 14).

Esta, para Jesus, é a maior Lei. Trata-se da Lei que dispensa toda a Lei, porque sintetiza e colmata todas as leis.

 

6. Resumindo. Não a «craciofilia» (amor do poder), mas a «filocracia» (poder do amor).

Eis a grande mensagem do Evangelho. Eis o legado de Jesus. Eis a proposta que anela por resposta e que bem merece a nossa aposta.

 

7. Deus, como bem notou Paul Ricoeur, é sobretudo o «Todo-Amoroso». O seu poder é o poder do amor.

É neste sentido que a Igreja, não sendo obviamente uma democracia (como não é uma monarquia, uma ditadura ou uma anarquia), não pode ser menos que uma democracia. Nela, há-de vigorar sempre a «filocracia», o poder do amor.

 

8. Tanto se fala de dívida nos dias que passam, nos tempos que correm. S. Paulo também nos fala de uma: da dívida do amor. E o amor não se retribui com mais nada. Apenas com amor.

Sendo uma palavra presente, não consintamos que o amor seja uma realidade ausente. Façamos da própria democracia uma «filocracia». Substituamos o amor do poder pelo poder do amor.

 

9. O poder, como tudo, vem de Deus. Mas, pela amostra, o exercício do poder parece ter sido capturado pelo Diabo. Este, segundo a Bíblia, reclama-o como seu (cf. Lc 6, 4).

De facto, o poder parece ter muito de diabólico, tal é a opressão que provoca e a injustiça que faz alastrar. Será impossível libertar o poder da captura a que se mantém (prolongadamente) submetido?

 

10. É pelo poder do amor que as pessoas notarão que nós seguimos Jesus.

O amor do poder tem esganado a vida de muita gente. O poder do amor devolverá a vida a toda a gente!

publicado por Theosfera às 19:16

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