O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 31 de Março de 2012
Muita agitação. Muito frenesim.

Muito andar, andar, andar sem saber para onde.

Muito falar, falar, falar sem saber o quê.

Acabamos por estacionar na órbita de quase tudo. E, ao mesmo tempo, no centro de quase nada.

Falta meditação.

Etimologicamente, «meditação» significa «estar no centro», «estar no meio».

Fechar os olhos não devia servir apenas para dormir. Devia servir também para meditar, para contemplar.

Já agora, «contemplar» quer dizer «estar no templo».

E o principal templo é o interior de cada um.

É lá que Deus habita. É de lá que Deus faz ecoar o Seu eterno calar!
publicado por Theosfera às 13:14


Um alerta da sabedoria budista com extremos de pertinência: «Nem no ar, nem nas profundezas do oceano, nem nas cavernas das montanhas, em nenhum lugar do mundo nos podemos abrigar do resultado do mal praticado».

publicado por Theosfera às 12:04


António Tabucchi deixou-nos, ao morrer, além de uma obra, um alerta. Segundo ele, a modernidade parece querer iludir a morte. Esse problema também contagia especialmente os detentores do poder. Portam-se, muitas vezes, como imortais.

Dá a impressão de que nunca saem, de que nunca partem. «A ideia de sermos mortais ajuda muito a viver».

Devia, por isso, ensinar-se às crianças, do modo mais natural, que temos de morrer.

Não se trata de arranjar traumas, mas de ser realista!

publicado por Theosfera às 12:03


A memórias de Winston Churchill sobre a segunda guerra mundial não terminam em apoteose, ao contrário do que seria de esperar. Parece mesmo divisar-se um ambiente de anti-clímax.

O grande vencedor da guerra acaba por se tornar um inesperado derrotado das eleições.

Todos ficaram surpreendidos. Churchill, na noite da contagem dos votos, foi dormir tão seguro estava do êxito.

Perdeu na frente interna quem vencera na frente externa. Mas o que mais angustiava o estadista era o novo clima que se gerava na Europa.

Será que o mundo iria trocar um déspota por outro?

A Rússia foi uma aliada, mas Estaline tornara-se um problema.

A «cortina de ferro» (expressão que criou) descia sobre o continente!

publicado por Theosfera às 12:01


«O capital não tem pátria», disse Karl Marx.

Isso não quer dizer que esteja em toda a parte.

É muito selectivo e pouco criterioso.

Raramente é guiado pela justiça. Quase sempre, é conduzido pelos interesses.

Os poucos que têm muito acabam por mandar nos muitos que têm pouco. Ou quase nada!

publicado por Theosfera às 12:01


«Prefiro dizer coisas certas com as palavras erradas a dizer coisas erradas com as palavras certas».

Jorge Jesus assim o disse. Trata-se de coisas certas com palavras que estão longe de estar erradas!

publicado por Theosfera às 12:00


«A solidão é muito bela, mas quando se tem perto de si alguém a quem o dizer».

Gustave Bécquer verbaliza o que está ínsito noutra palavra: consolação. Significa qualquer coisa como «presença ou companhia na solidão».

No fundo, a própria solidão acaba por ser um companhia de nós connosco mesmos.

O problema é encontrar, hoje, alguém com quem possamos partilhar a nossa solidão!

publicado por Theosfera às 11:59


«Que importa o que erraste? Não haveria verdade nos outros sem o teu erro próprio. E assim colaboraste na harmonia da vida. Se no mundo houvesse só uma cor, não haveria sequer essa cor».

Vergílio Ferreira é deveras pertinente. O problema é que há muitos erros ungidos com tons de verdade. E que acabam por esmagar esforços de verdade.

A solução é continuar, prosseguir...

publicado por Theosfera às 11:58


Disse Renan: «Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política».

O problema é qe, quase sempre, a política acaba por degolar a moral!

publicado por Theosfera às 11:57


Há coisas que toda a gente «sabe», mas que quase ninguém diz. É a diferença, nada despicienda, entre a comunicação e o sussurro.

Não falta quem exiba uma assolapada «coragem» quase está num grupo de amigos ou na mesa de café. Mas, na hora da verdade, quase todos se encolhem.

Jesus é o exemplo. Levar o testemunho da verdade até às últimas consequências ten um preço demasiado alto. Mas o que não é assumido será salvo?

publicado por Theosfera às 11:56


Quando me dizem que as imagens que chegam de Lloret de Mar correspondem a um perfil muito difundido no presente e, provavelmente, no futuro, eu respeito, mas não me revejo.

Não sou nostálgico do passado. Mas este presente e aquele futuro deixam-me desamparado.

Estarei a mais neste mundo? Gostos não se discutem. Sentimentos também não se questionam.

O meu, perante este cenário, é de profunda tristeza. Não por mim. Mas por eles, pelos jovens. Eles mereciam muito mais!

publicado por Theosfera às 11:55


Fala-se muito no direito de falar. Mas era bom que se pensasse no (simétrico) direito de calar.

Parece que quem não está no palco não existe. A realidade é reduzida ao visível, ao que é mostrado.

Banalizamos, assim, um dos alicerces da convivência: a comunicação.

Faria bem pensar nesta palavras de Oscar Wilde: «O segredo parece-me ser a única maneira de fazer da vida moderna algo de misterioso ou maravilhoso».

Um pouco de resguardo é não só sinal de prudência. É também sintoma de sabedoria!

publicado por Theosfera às 11:54


O dia mais importante é hoje. E tão importante ele é porque vai desaguar num novo hoje chamado amanhã.

Custa-me, por isso, assisitir a exibições de uma cultura(?) em que se assume desfrutar de hoje como não houvesse amanhã.

É preciso estancar a decadência. É urgente voltar a acreditar!

publicado por Theosfera às 11:52

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