O 13º mês e o subsídio de Natal não vão ser afectados.
As pensões mais baixas poderão não vão crescer, mas também não vão diminuir.
O salário mínimo não sofrerá reduções.
Os despedimentos não serão facilitados.
Por isso, os portugueses estarão um pouco aliviados.
Podia ser pior. Esta expressão, tipicamente portuguesa, terá assomado ao pensamento de muitos.
O primeiro-ministro parecia feliz. Já o ministro das finanças exibia alguma apreensão. E o representante do PSD mostrava-se um pouco tenso.
Governo, PSD e CDS aparentam disputar a autoria do acordo com a troika.
Foi pena que a apresentação das linhas gerais do acordo não tenha sido feita em conjunto. Teria sido um sinal de maturidade.
Assim, cada um procura demonstrar que o auxílio, mais que uma vitória para o país, é uma derrota dos outros. Preocupante!
O auxílio, de 78 mil milhões de euros, é por três anos, mas o pensamento está voltado para daqui a um mês. Já agora, que dirão as próximas sondagens?
O senhor primeiro-ministro foi muito profissional, ao realçar, cirurgicamente, as medidas menos gravosas desmontando as expectativas mais pessimistas que se vinham desenhando.
Mas ainda não foi dito tudo. Amanhã, será apresentado o resto. Provavelmente, a factura que teremos de pagar.
Já nem as ajudas são de graça.