O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

Tudo parece estranho. Desde o nome até à história, passando pelos números.

 

Até há dias, pouca gente sabia quem era Tiago Silva.

 

E, hoje mesmo, poucos saberão quem é. Ele prefere que o tratem por Bebé. Isto, apesar de já ter vinte anos.

 

Pois este jovem ainda há meses vivia na Casa do Gaiato.

 

Ontem foi contratado pelo Manchester United por quase dez milhões de euros.

 

Dir-se-ia tão pouca sorte antes e tanta sorte depois.

 

Jogava no Estrela da Amadora e tinha sido contratado pelo Guimarães.

 

Poucos jogos de preparação terão convencido o clube inglês a desembolsar tamanha quantia.

 

Curioso é o facto de os chamados clubes grandes de Portugal, que correm o mundo atrás de vedetas, não terem reparado num (pelos vistos) prodígio ao pé de casa.

 

O mundo tornou-se mesmo uma aldeia. Quem tem dinheiro tem o poder.

 

Ainda bem que se ouviu falar da Casa do Gaiato. Não fora ela, por onde andaria este jovem?

 

 

publicado por Theosfera às 11:48

O mundo é diferente de Deus e Deus é diferente do mundo. Mas o mundo não é estranho a Deus, nem Deus é estranho ao mundo.

 

Mais, entre Deus e o mundo a relação não é de estranheza mas de entranheza. Deus está entranhado no mundo, o mundo está entranhado em Deus. Isto não contende, portanto, com o reconhecimento da diferença ontológica nem, por conseguinte, da transcendência de Deus.

 

Como dizia Xavier Zubiri, Deus não é transcendente às coisas; é transcendente nas coisas. Ou seja, no mundo Deus revela-Se como é.

 

O mal foi assimilarmos a diferença à separação. Já Yves Congar reconhecia que «ao ideal de um Deus sem mundo houve quem respondesse com o ideal de um mundo sem Deus». Paulo VI, nesta mesma linha, avisava que um dos grandes dramas da nossa época era a ruptura entre a fé e a cultura.

 

A relação entre Deus e o Homem não é de disjunção, mas de conjugação. Não se estabelece com um ou, mas com um e. Não um e de mera adição, mas de presença: Deus está no Homem e o Homem está em Deus.

 

Dois autores chamaram a atenção para esta situação. Xavier Zubiri fez sair, em 1983, o célebre O Hombre e Deus. Edward Schillebeeckx publicara, em 1964, Deus e o Homem. Na diversidade de pontos de vista e de dados, avulta algo estruturante e interpelador: o futuro não está na separação, mas na relação.

 

O Homem é mesmo habitação divina. Cada homem. Todo o homem. Também tu, meu Irmão. 

publicado por Theosfera às 11:39

Não é nostalgia, mas justiça.

 

A época que se vive torna mais valiosa as épocas que se viveram.

 

Como nos surgem belos os tempos em que as pessoas se cumprimentavam. Em que se sabia agradecer. Em que se sabia estar. Em que havia compostura. Em que a palavra tinha valor. Em que a amizade se fazia sentir. Em que a solidariedade e entre-ajuda apareciam. Em que o respeito se distinguia.

 

Como já parecem distantes esses tempos!

 

E são as excepções que mais dolorosa tornam a regra!

publicado por Theosfera às 11:33

O menos necessário é culpar. O mais importante é reflectir. E o mais urgente é (mesmo) inflectir.

 

Há toda uma sensação de desnorte na nossa vida.

 

As pessoas andam sofridas e indispostas.

 

Que fazer quando tudo arde?

publicado por Theosfera às 11:31

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