Um dos enigmas mais irresolúveis para o pensamento e a sensibilidade é o sofrimento do justo, do inocente.
Como é possível que quem passa a vida a fazer o bem receba, em troca, tanto mal?
Pensemos no Mahatma Gandhi, apóstolo da não-violência, e que, não obstante, foi assassinado faz precisamente amanhã, 30 de Janeiro, 62 anos.
E pensemos em Jesus Cristo: profeta da paz e vítima da violência!
Os santos sempre foram incompreendidos. Porquê? Chesterton propõe uma explicação altamente engenhosa: «Um santo é um medicamento por ser um antídoto. Por isso é que, muitas vezes, ele é um mártir: ele é confundido com um veneno por ser um antídoto».
Um santo não é, pois, «o que as pessoas querem, mas sim aquilo de que precisam».
Eis, assim, mais um paradoxo que a História nos apresenta: «Cada geração é interpelada pelo santo que mais a contradiz».