Flaubert bem avisou que «o sucesso é uma consequência e não um objectivo».
O problema é que não se presta a devida atenção ao aviso.
Há, de facto, quem viva preocupado (diria mesmo obcecado) com o sucesso. O êxito a qualquer preço tornou-se, segundo Javier Aranguren, uma das três grandes doenças do nosso tempo. (As outras duas, já agora, são o ruído e a pressa).
O êxito não é nada em si mesmo. O êxito é nada se nada mais houver.
Pode ser alguma coisa a partir de tudo o resto.
Quando este resto se faz com dedicação, o êxito pode sobrevir. Mas, mesmo que não sobrevenha (o bem nem sempre é reconhecido), é importante manter o perfil, a conduta honesta.
Antes o bem sem êxito do que o êxito sem bem.
O êxito, por si, é balofo, é vazio, é vaidade. É o nada alçado à categoria de tudo. Mas não passa de ilusão!